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E. Bolsonaro e Araújo reúnem-se com Trump, que se dispõe a trabalhar pela Amazônia

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que deverá ser indicado ao cargo de embaixador nos EUA - Evaristo Sá/AFP
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que deverá ser indicado ao cargo de embaixador nos EUA Imagem: Evaristo Sá/AFP

Alex Alper

30/08/2019 20h42

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro e indicado para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, reuniram-se nesta sexta-feira com o presidente norte-americano, Donald Trump, que mostrou disposição de trabalhar na questão do desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Segundo o chanceler, a visita também serviu para agradecer o posicionamento de Trump no âmbito do G7 em relação à ajuda para combate a queimadas na Amazônia, além de pavimentar uma conversa sobre eventual acordo comercial entre os dois países.

"Foi uma das primeiras vezes que um presidente americano recebe pessoas que não são presidentes ou chefes de Estado de outros países, então isso foi uma deferência muito especial que, antes que mais nada, mostra um caráter muito especial que tem hoje a relação Brasil-Estados Unidos", disse o ministro das Relações Exteriores a jornalistas, após o encontro.

"Não pretendíamos fechar acordos aqui, mas trazer a palavra do presidente Bolsonaro sobre o empenho total de aprofundarmos esta relação, as várias iniciativas que já estão em andamento, e novas iniciativas, e também de agradecer a atuação do presidente Trump no G7 ao contestar ideias que surgiram de contestar a soberania brasileira", disse ele em relação à Amazônia.

Segundo Araújo, durante a reunião foi abordada a "ideia da negociação de um acordo de livre comércio". Segundo o chanceler, ficou "consolidado" que essa é a intenção dos dois países.

"Ele (Trump), reiterou várias coisas: a disposição de trabalhar nessa questão do desenvolvimento sustentável da Amazônia, o interesse enorme em um acordo comercial amplo conosco — isso agora vamos sentar para ver como vai ser, como vamos modelar esse tipo de acordo", disse Araújo, acrescentando que pretende selar tal acordo "o mais cedo possível".

Já Eduardo, segundo quem sua missão era a de acompanhar a comitiva e levar "impressões", afirmou em seu perfil do Twitter que Trump teria aceitado a proposta de "trabalhar conjuntamente para desenvolver de forma sustentável a Amazônia".

"Acordos de livre comércio e de treinamento militar conjunto também foram falados", postou o deputado no Twitter.

A jornalistas, Eduardo relatou que Trump reforçou "espontaneamente" a intenção de apoiar sua indicação para o cargo de embaixador.

"Eu, pessoalmente, aproveitei para agradecer o posicionamento do presidente Trump diante do G7", afirmou.

Eduardo lembrou ainda que a aprovação de sua indicação ao cargo depende dos senadores, que irão sabatiná-lo e, depois, submeterem seu nome a voto no plenário da Casa.