Dólar tem pouca variação contra real com foco voltado para cena externa
Por Stefani Inouye
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar mostrava pouca variação contra o real nesta segunda-feira, em dia marcado por cautela nos mercados externos em meio à disparada nos preços do petróleo, após ataques a instalações na Arábia Saudita, e a dados chineses que fortaleceram temores sobre a desaceleração na segunda maior economia do mundo.
Às 11:52, o dólar recuava 0,09%, a 4,0843 reais na venda.
Na B3, o dólar futuro de maior liquidez rondava a estabilidade, a 4,0865 reais.
Os preços do petróleo subiram quase 20% na máxima desta segunda, após um ataque a instalações de refino na Arábia Saudita que cortou mais de 5% da oferta global do óleo.
As tensões se intensificaram depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que os Estados Unidos estão preparados para uma possível resposta ao ataque, após uma importante autoridade do governo dos EUA apontar o Irã como responsável.
Para Jefferson Laatus, sócio e fundador do Grupo Laatus, o mercado ainda está tentando entender o que aconteceu e, diante de toda cautela em torno da situação, é esperada volatilidade ao longo da sessão.
"Há um grande sentimento de incerteza atrelado à questão. Os investidores estão na dúvida se buscam por proteção ou não e isso é o que está direcionando o mercado hoje."
As moedas de importadores de petróleo, como Turquia e Índia, se enfraqueciam. Contra uma cesta de moedas, o dólar subia 0,32%, a 98,574.
Também permanecia no radar a reunião do Federal Reserve em 17 e 18 de setembro para sua decisão de política monetária. Os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem 70,4% de chance de o Fed cortar juros em 0,25 ponto percentual na próxima reunião, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.
Na cena doméstica, o BC vendeu todos os 580 milhões de dólares ofertados em moeda física nesta segunda-feira e negociou ainda todos os 11.600 contratos de swap cambial reverso ofertados --nos quais assume posição comprada em dólar.
O mercado também estará atento à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que divulga sua decisão de política monetária no mesmo dia que o Fed.
(Edição de José de Castro)
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