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Preços do petróleo sobem 10% com ataque a sauditas; uso de reservas dos EUA é avaliado

16/09/2019 12h11

Por Koustav Samanta e Dmitry Zhdannikov

CINGAPURA/LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo chegaram a disparar quase 20% mais cedo nesta segunda-feira, com o Brent apresentando o maior ganho intradiário desde a Guerra do Golfo em 1991, após um ataque sobre instalações sauditas no fim de semana ter cortado pela metade a produção do reino.

Os preços caíram das máximas depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, autorizou o uso de estoques de emergência de seu país para assegurar a estabilidade do suprimento. Mas ele disse também que está pronto para reagir ao ataque, o que manteve tensões geopolíticas.

O petróleo Brent subia 6,54 dólares, ou 10,86 por cento, a 66,76 dólares por barril subia 6,54 dólar, ou 10,86 por cento, a 66,76 dólares por barril, por volta do meio-dia no Brasil.

O petróleo dos Estados Unidos avançava 5,65 dólares, ou 10,3 por cento, no mesmo horário.

O Brent chegou a tocar 71,95 dólares mais cedo, avanço de 19,5%, maior alta intradiária desde 14 de janeiro de 1991. O petróleo nos EUA chegou a subir 15,5%, para 63,34 dólares, maior alta intradiária desde 22 de junho de 1998.

A Arábia Saudita é o maior exportador global de petróleo, além de ter uma grande capacidade ociosa, o que tem feito do reino um supridor de última instância por décadas.

O ataque a instalações da petroleira estatal Saudi Aramco para processamento de petróleo em Abqair e Khurais reduziu a produção em 5,7 milhões de barris por dia. A companhia não deu uma previsão imediata sobre a retomada da produção total.

Duas fontes com conhecimento das operações da Aramco disseram que um retorno à produção normal "pode levar meses". [nL2N2670FL]

"Se essa paralisação durar, a Saudi Aramco terá dificuldades para atingir sua especificação para exportação de seu petróleo Arab Light e Arab Extra Light, e pode até ser forçada a declarar força maior sobre algumas dessas exportações", disse a consultoria Energy Aspects em nota.

"Esperamos que a Agência Internacional de Energia (IEA) e o Departamento de Energia dos EUA liberem reservas estratégicas para preencher a lacuna se a interrupção na Arábia Saudita se prolongar", acrescentou a consultoria.

Trump disse que aprovou a liberação das Reservas Estratégicas de Petróleo dos Estados Unidos se necessário, em volume ainda a ser determinado.