Wall Street fecha sem tendência definida; Microsoft avança e Apple recua
Por Noel Randewich
(Reuters) - Os índices de Wall Street fecharam sem tendência comum nesta quinta-feira, com uma queda nas ações da Apple ofuscando alta nos papéis da Microsoft um dia depois de o Federal Reserve cortar as taxas de juros dos Estados Unidos, em medida já esperada, e deixar a porta aberta para novos afrouxamentos monetários no futuro.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,19%, a 27.094,79 pontos. O S&P 500 encerrou a sessão estável, a 3.006,79 pontos, alta de menos de um ponto em relação à quarta-feira, e o Nasdaq Composto avançou 0,07%, para 8.182,88 pontos.
A Microsoft avançou 1,8% depois de revelar um plano de 40 bilhões de dólares para recompra de ações, enquanto a Apple cedeu 0,8%.
O S&P 500 ficou menos de 1% abaixo de sua máxima recorde de fechamento de julho, com os mercados se tornando mais otimistas a respeito das negociações entre autoridades de segundo escalão de EUA e China que visam preparar o terreno para as conversas de alto nível no início de outubro.
Um recente alívio nas tensões comerciais tem ajudado os três principais índices a se recuperar das perdas registradas em agosto.
"Tem havido um ambiente levemente mais construtivo nos últimos tempos, mas, se houver qualquer tipo de acordo, ele será muito 'light', um mini-acordo, porque EUA e China ainda estão muito distantes nos principais assuntos", alertou Ben Phillips, diretor de investimentos da EventShares.
O índice de saúde do S&P 500 ganhou 0,5% depois de a presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Nancy Pelosi, divulgar um projeto sobre política de preços de medicamentos.
Embora o plano seja "muito negativo" para os laboratórios, a reação já havia sido precificada, segundo Thomas Martin, do GLOBALT Investments.
Entre os índices de 11 setores, o de saúde tem o pior desempenho até aqui em 2019, com um ganho de 6%.
Expectativas de um novo corte de juros pelo Fed, após a redução em 0,25 ponto percentual na quarta-feira, também orientaram o entusiasmo. Ao anunciar seu segundo corte de um quarto de ponto-base neste ano, o Fed disse que futuras reduções "dependerão fortemente de dados".
(Reportagem de Noel Randewich em São Francisco, com reportagem adicional de Ambar Warrick e Medha Singh em Bangalore)
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