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Petrobras busca recursos com cessão a FDIC de R$8,4 bi em créditos junto à Eletrobras

20/09/2019 16h54

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras está buscando levantar recursos por meio da cessão de 8,445 bilhões de reais em créditos a receber junto à estatal de energia Eletrobras a um fundo de investimento em direitos creditórios (FDIC), de acordo com comunicado da agência de classificação de risco Fitch Ratings nesta sexta-feira.

O direitos serão adquiridos pelo Apolo FDIC, que passará então a receber os pagamentos da Eletrobras pelas dívidas em 65 parcelas mensais, com primeiro pagamento previsto para 30 de setembro de 2019, segundo a Fitch.

Já as cotas do Apolo FDIC também serão amortizadas em 65 parcelas, com primeiro pagamento em 1 de outubro, acrescentou a agência, que atribuiu rating nacional de longo prazo 'AA(exp)sf(bra)' à proposta de emissão de cotas do fundo, com perspectiva estável.

A Fitch disse que a classificação reflete o rating 'AA(bra)' com perspectiva estável atribuído à Eletrobras, uma vez que a elétrica é a única devedora dos direitos creditórios a serem adquiridos pelo fundo.

Procurada, a Petrobras não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a operação. Não foi possível saber de imediato quanto a operação deve render à estatal.

A petroleira divulgou nesta sexta-feira ata de reunião do conselho de adminsitração na qual foi autorizada a celebração de cessão dos créditos junto à Eletrobras para os bancos Santander Brasil, Itaú BBA e BB-BI, "ou qualquer veículo de mercado financeiro e/ou de capitais indicado pelo sindicato".

Os créditos cedidos ao fundo são referentes a dívidas originalmente devidas por distribuidoras de energia da Eletrobras à Petrobras, que foram assumidas pela holding elétrica para permitir a privatização em 2018 de suas subsidiárias de distribuição.

A Fitch afirmou que o rating do Apolo FDIC reflete expectativa de pagamento integral do principal investido, acrescido de remuneração-alvo equivalente a 100% da taxa DI até o vencimento final das cotas, previsto para janeiro de 2025.

(Por Luciano Costa)