Dólar sobe contra o real com maior aversão a risco e de olho em Previdência
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subia contra o real nesta terça-feira, primeiro dia de negociações do último trimestre do ano, com o cenário externo mais averso a moedas emergentes em geral em meio a preocupações sobre a saúde da economia global e ainda monitorando a votação da reforma da Previdência no Senado.
Às 10:32, o dólar avançava 0,65%, a 4,1824 reais na venda.
Na véspera, o dólar fechou perto da estabilidade com oscilação positiva de 0,05%, a 4,1555 reais na venda. No terceiro trimestre, a cotação saltou 8,19%, maior alta para o período desde 2015, quando disparou mais de 33%.
Na B3, o dólar futuro tinha variação positiva de 0,72%, a 4,191 reais.
"Há uma certa cautela no mercado diante das preocupações com a saúde da economia global como um todo. Existe incertezas sobre as negociações comerciais, sobre o Brexit e uma porção de outras coisas que adicionam um sentimento de maior prudência", afirmou Alessandro Faganello, operador da Advanced Corretora.
A China e os EUA devem retomar as negociações comerciais em alto nível na próxima semana, em Washington. As expectativas são de que os países avancem na elaboração de um acordo comercial, mas a notícia de que o governo dos EUA está considerando excluir empresas chinesas das bolsas de valores norte-americanas ainda ecoava, apesar de autoridades negarem as afirmações.
Adicionando ainda mais cautela ao mercado, a Organização Mundial do Comércio (OMC) cortou sua previsão para o crescimento do comércio global neste ano em mais da metade nesta terça-feira, e disse que novas rodadas de tarifas e retaliações, uma economia em desaceleração e um Brexit desordenado podem reduzir ainda mais as projeções.
As moedas emergentes pares do real, como lira turca, rand sul-africano e peso mexicano, recuavam contra a moeda norte-americana, com o dólar se valorizando frente à maior parte de suas divisas.
No cenário doméstico, agentes do mercado também seguem atentos à votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta terça-feira, com expectativa de que a votação da reforma em primeiro turno no plenário da Casa aconteça em seguida.
Nesta sessão, o BC vendeu todos os 525 milhões de dólares ofertados em moeda física e negociou ainda todos os 10.500 contratos de swap cambial reverso ofertados.
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