Líder do PP na Câmara vira réu no STF em caso da Lava Jato
BRASÍLIA (Reuters) - O líder do PP na Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), virou réu nesta terça-feira por corrupção passiva no Supremo Tribunal Federal (STF), sob suspeita de ter recebido 106 mil reais em propina num caso investigado pela operação Lava Jato.
Lira é uma das principais lideranças do chamado centrão --grupo de partidos de centro e centro-direita com forte influência na Câmara--, tendo sido importante para a aprovação da reforma da Previdência naquela Casa.
A Primeira Turma do Supremo, contudo, rejeitou parte da denúncia contra o parlamentar --que também lidera um bloco formado pelo PP, MDB e PTB na Câmara-- pelo crime de lavagem de dinheiro.
Baseada em parte em delações premiadas, a acusação feita pela Procuradora-Geral da República contra Lira dá conta de que ele recebeu em 2012, por meio de um assessor, dinheiro de propina repassada por Francisco Colombo, então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), para que ele permanecesse no cargo.
Durante o julgamento, a defesa do deputado defendeu a rejeição da acusação criminal. Em nota nesta terça-feira, a defesa disse que respeita a decisão da Turma do STF, mas lamenta pela falta de coerência da denúncia.
"A PGR acusa o ex-presidente da CBTU de pagar o deputado para permanecer no cargo. Ocorre que tal cargo tem mandato fixo de três anos, de forma que não havia necessidade ou razão para pagamentos. Além disso, não existiu participação ou ciência do parlamentar sobre o episódio", disse.
"Mesmo assim, a defesa acredita que a próxima etapa desse processo, no qual o deputado poderá se pronunciar, será importante para provar que o parlamentar foi envolvido injustamente nesse fato", completou a nota.
Juntamente com outras três lideranças do PP, Lira já é réu por organização criminosa em outra denúncia apresentada pela PGR na Lava Jato.
(Reportagem de Ricardo Brito)
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