China diz que se esforçará para chegar à "fase um" de acordo comercial com EUA
Por Stella Qiu e Ryan Woo
PEQUIM (Reuters) - A China se esforçará para chegar a um acordo comercial inicial com os Estados Unidos enquanto os dois lados mantêm os canais de comunicação abertos, disse o Ministério do Comércio chinês nesta quinta-feira, na tentativa de acalmar os temores de que as negociações possam estar desandando.
A China está disposta a trabalhar com os Estados Unidos para resolver as principais preocupações de cada parte com base na igualdade e no respeito mútuo, e tentará arduamente chegar à "fase um" de um acordo, disse Gao Feng, porta-voz do ministério, a repórteres.
"Isso está de acordo com os interesses tanto da China quanto dos Estados Unidos e do mundo", disse Gao.
Economistas alertam que a prolongada disputa comercial entre China e Estados Unidos está aumentando os riscos para a economia global ao interromper as cadeias de oferta, desencorajar o investimento e afetar a confiança dos negócios.
A conclusão da fase um de um acordo pode ser adiada para o próximo ano, disseram especialistas em comércio e pessoas próximas à Casa Branca à Reuters anteriormente, conforme Pequim pressiona por uma reversão tarifária mais extensa e o governo dos EUA responde com suas próprias demandas elevadas.
A China convidou os principais negociadores comerciais dos EUA para uma nova rodada de negociações presenciais em Pequim, informou o Wall Street Journal nesta quinta-feira, citando fontes não identificadas, acrescentando que Pequim espera que a rodada de conversas possa ocorrer antes do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos na próxima quinta-feira.
As autoridades norte-americanas indicaram que estariam dispostas a se encontrar pessoalmente, mas não se comprometeram com uma data, disse a notícia, e estariam relutantes em viajar para as negociações a menos que a China deixe claro que assumirá compromissos em relação à proteção à propriedade intelectual, transferências forçadas de tecnologia e compras agrícolas.
Gao, quando questionado sobre os pontos difíceis e se eles estavam relacionados à demanda de Washington de que a China compre mais produtos agrícolas dos EUA e às reversões tarifárias, disse que não tinha mais informações a divulgar além do fato de que ambas as partes continuarão se comunicando, e de que "rumores externos não são precisos."
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