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Pressão ambiental e eficiência impulsionam confinamento bovino no Brasil, diz DSM

09/12/2019 14h57

Por Ana Mano

SÃO PAULO (Reuters) - O uso de confinamentos para a criação de bovinos tende a crescer no Brasil, país com o maior rebanho comercial do mundo, apontou nesta segunda-feira uma pesquisa conduzida pela empresa holandesa de nutrição DSM.

A tendência é guiada pela necessidade de se reduzir a pressão da atividade sobre o meio ambiente e pela procura de maneiras mais eficientes de criar os animais no país, segundo maior produtor de carne bovina do mundo, atrás dos Estados Unidos.

"Os americanos têm metade do rebanho nosso e produzem mais carne que o Brasil", disse à Reuters o gerente nacional de Confinamento da DSM, Marcos Baruselli, após apresentação a jornalistas.

Estima-se que o número de bovinos abatidos no Brasil depois de 90 dias em confinamento registre crescimento de 2% em 2019, para cerca de 5,3 milhões de cabeças, mostraram os dados da DSM.

Baruselli afirmou que a tendência continuará, à medida que a forte pressão relacionada ao meio ambiente estimula mudanças no modelo local de produção.

"No Brasil, tem uma pressão ambiental muito forte. Vamos ter que arrumar outro jeito de produzir. Antes era derruba mato e põe boi. Vai mudar o modelo para engorda em confinamento... (No confinamento, o produtor) termina em 90 dias o que levaria um ano para fazer no pasto", afirmou.

A forte demanda pela carne bovina brasileira, em parte impulsionada por um avanço nas exportações para a China após surtos de peste suína africana afetarem a oferta de carne no país asiático, estimulou uma alta nos preços do boi no Brasil.

Conforme os preços sobem, o produtor é encorajado a utilizar mais tecnologia e colocar mais animais em confinamentos, elevando tanto a produtividade quanto seus ganhos.

A estimativa da DSM para o uso de confinamentos por produtores brasileiros em 2020 será divulgada em fevereiro.

A empresa está apostando muitas de suas fichas no Brasil, maior exportador global de carne bovina, onde protocolou o registro de um novo aditivo alimentar para bois, que pode reduzir em cerca de 30% as emissões de metano.

Juliano Acedo, diretor de marketing, disse que a companhia caminha para lançar o produto no país até o final do próximo ano.