Novos documentos da Boeing mostram preocupações 'muito perturbadoras' dos funcionários, diz assessor do governo dos EUA
Por David Shepardson
WASHINGTON(Reuters) - Os documentos da Boeing em análise por um comitê do governo dos Estados Unidos parecem apontar para um quadro "muito perturbador" de comentários dos empregados da empresa sobre a aeronave suspensa 737 MAX, disse nesta terça-feira um assessor do comitê de infraestruturas de transporte da Câmara dos Representantes dos EUA.
Os documentos, apresentados ao comitê na noite de segunda-feira, discutiram preocupações sobre o compromisso da Boeing com a segurança, juntamente com os esforços de alguns funcionários para garantir que os planos de produção da empresa não fossem desviados por reguladores ou outros, disse o assessor, que falou sob condição de anonimato.
Os documentos foram apresentados à Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) no mesmo dia em que a Boeing anunciou a demissão de seu presidente-executivo Dennis Muilenburg em meio a uma crise após o tratamento das consequências de dois acidentes envolvendo o 737 MAX.
O 737 MAX está suspenso desde março. Os acidentes na Indonésia e na Etiópia mataram 346 pessoas.
Este último lote de documentos submetidos à FAA continha mensagens do ex-piloto sênior da Boeing, Mark Forkner, de acordo com uma pessoa informada sobre o assunto.
A Boeing afirmou em comunicado que "trouxe essas comunicações proativamente para a FAA e o Congresso como parte de nosso compromisso com a transparência com nossos reguladores e comitês de supervisão".
O tom e o conteúdo "não refletem a empresa que somos e precisamos ser", afirmou a Boeing.
"Fizemos mudanças significativas como empresa nos últimos nove meses para aprimorar nossos processos, organizações e cultura de segurança."
Em outubro, a Boeing entregou mensagens de 2016 à FAA entre Forkner e outro piloto que disse que poderia ter enganado involuntariamente o regulador dos EUA e levantou questões sobre o desempenho de um sistema de segurança chave durante os testes.
A Boeing está lutando para restabelecer as relações com os reguladores norte-americanos e internacionais, mas precisa convencê-los a retomar os voos do jato.
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