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Boeing estima início de retorno de voos do 737 MAX em meados de 2020

Um dos sete Boeing 737 Max recebidos pela Gol e que estão parados desde março - 737-max-gol1
Um dos sete Boeing 737 Max recebidos pela Gol e que estão parados desde março
Imagem: 737-max-gol1

David Shepardson

Da agência Reuters, em Washington (EUA)

21/01/2020 17h23Atualizada em 21/01/2020 21h47

A Boeing anunciou nesta terça-feira que não espera obter aprovação para o retorno dos voos do 737 MAX até meados do ano por causa de análises de autoridades de aviação sobre o sistema de controle de voo da aeronave.

A fabricante afirmou que comunicou companhias aéreas e fornecedores sobre o novo prazo. As ações da companhia chegaram a cair mais de 5% depois, do anúncio e fecharam em queda de 3,3%.

O avião mais vendido da Boeing está proibido de voar desde março do ano passado, após duas quedas em um intervalo de cinco meses, que mataram 346 pessoas. A Reuters publicou na semana passada que reguladores estavam prolongando o tempo necessário para aprovação do avião.

Representantes da agência norte-americana de aviação (FAA) não comentaram o assunto de imediato.

A Boeing confirmou na segunda-feira que interrompeu a produção do 737 MAX em Washington nos últimos dias. A companhia estima os custos até agora da suspensão dos voos do MAX em 9 bilhões de dólares. A empresa deve divulgar significativos custos adicionais durante a publicação dos resultados do quarto trimestre, em 29 de janeiro.

Mais cedo, o vice-presidente financeiro da brasileira Gol, Richard Lark, afirmou que a empresa espera voltar a operar seus sete 737 MAX até abril e que deve assegurar um acordo com a fabricante de aviões nos próximos meses sobre compensação.

Lark também comentou que a Gol espera operar 23 ou 24 unidades do MAX até o final do ano, incluindo os sete atualmente impedidos de voar. Após isso, a empresa espera receber entregas de cerca de 12 unidades por ano, disse Lark.