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DAVOS-Pior inimigo do meio ambiente é a pobreza, diz Guedes

21/01/2020 19h12

(Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira em Davos que a pobreza é o pior inimigo do meio ambiente, no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação do Conselho da Amazônia e de uma Força Nacional Ambiental voltada à proteção ambiental e da floresta.

A declaração foi dada pela manhã, durante participação em painel no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que discutiu as transformações e o futuro da indústria manufatureira.

"O pior inimigo do meio ambiente é a pobreza", afirmou Guedes. "As pessoas destroem o meio ambiente porque elas precisam comer, elas têm outras preocupações que não são as preocupações das pessoas que já destruíram suas florestas e já combateram suas minorias étnicas e todas essas coisas."

"Então é um problema muito complexo, não há uma solução simples", acrescentou Guedes.

O tema principal da reunião de Davos deste ano são questões ligadas ao meio ambiente. Nesta terça-feira, primeiro dia do fórum, a ativista sueca Greta Thunber foi uma das principais palestrantes e pediu que os líderes mundiais ouçam a juventude.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também ocupou o centro do palco no fórum nesta terça, quando evitou quase totalmente o assunto climático.

Guedes falou sobre o meio ambiente ao tratar do tema dos principais riscos e oportunidades para os negócios. Os demais participantes do painel --dois executivos e a presidente da Imperial College London-- haviam levantado questões climáticas.

"Em um país como o Brasil estamos um pouco atrás, para não dizer muito atrás, então temos um primeiro nível de preocupações, que é eliminar um ambiente hostil para os negócios em geral, para receber, realocar todo esse conhecimento que já está disponível em todo o mundo", afirmou Guedes, acrescentando que o governo está atuando para superar esses obstáculos.

Na quarta-feira, haverá um painel em Davos sobre como assegurar um futuro sustentável para a Amazônia, sem participação de representante do governo brasileiro.

(Por Isabel Versiani)