Minério de ferro da China tem rali mais longo desde meados de 2016
Por Enrico Dela Cruz
MANILA (Reuters) - Os contratos futuros do minério de ferro negociados na China avançaram nesta sexta-feira, marcando seu rali mais longo desde junho de 2016, com preocupações sobre o aperto no fornecimento da matéria-prima siderúrgica, o que elevou os preços a máximas de quatro semanas.
Subindo para a nona sessão consecutiva, o minério de ferro na bolsa de Dalian fechou com alta de 2,8%, para 675,50 iuanes (96,04 dólares) por tonelada.
O produto registrou um ganho semanal de 8,4%, o maior desde setembro do ano passado
A alta começou depois de 11 de fevereiro, quando a brasileira Vale reduziu suas expectativas de produção de minério de ferro no primeiro trimestre.
As informações mais recentes sobre a produção da mineradora não levam em consideração nenhum impacto do surto de coronavírus na China, maior compradora de minério de ferro e produtora de aço.
As preocupações com o suprimento se intensificaram depois que a mineradora anglo-australiana Rio Tinto reduziu na segunda-feira sua previsão de embarques para 2020, depois que um ciclone tropical danificou a infraestrutura.
As estimativas de oferta pessimistas da Vale e da Rio Tinto ocorreram porque os embarques de minério de ferro brasileiro e australiano para a China já estão em trajetória decrescente desde o início do ano.
As importações de minério de ferro da China foram estimadas em média a 3,2 milhões de toneladas por dia em janeiro, abaixo da média do mês anterior de 3,3 milhões de toneladas por dia, segundo a empresa de dados francesa Kpler, que rastreia os fluxos de commodities.
A média caiu para 2,936 milhões de toneladas por dia na primeira quinzena de fevereiro e caiu ainda mais, com a média diária mais recente de 2,912 milhões de toneladas, disse Alexander Booth, chefe de análise de mercado da Kpler.
(Reportagem de Enrico dela Cruz)
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