Arábia Saudita inunda mercados com petróleo a US$ 25 em meio à disputa com Rússia
MOSCOU, 13 Mar (Reuters) - A Arábia Saudita está inundando os mercados de petróleo com preços que chegam a US$ 25 por barril, mirando especificamente nas grandes refinarias que utilizam óleo russo na Europa e na Ásia, em uma escalada da guerra com Moscou por fatias de mercado, disseram cinco fontes comerciais nesta sexta-feira.
As fontes, que vão de gigantes do petróleo a refinarias que processam a commodity na Europa, afirmaram que a Saudi Aramco, petroleira estatal saudita, disse a eles que fornecerá em abril todos os volumes adicionais requisitados.
Antes disso, fontes já haviam dito à Reuters que a Arábia Saudita está buscando ocupar o lugar do petróleo russo comprado por chineses e indianos.
Os preços do petróleo recuaram pela metade desde o início do ano, uma vez que a demanda foi afetada pelo coronavírus e o acordo de cortes de produção entre Rússia e Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) entrou em colapso.
Até este momento, a Rússia diz que não planeja voltar à mesa de negociações com o cartel, apesar de sentir a pressão das medidas extraordinárias que os sauditas vêm tomando.
A Arábia Saudita promoveu um corte profundo nos preços oficiais para venda de seu petróleo, oferecendo barris entre US$ 25 e US$ 28, com base no CIF Rotterdam, segundo operadores.
Já o petróleo da Rússia é ofertado levemente acima dos US$ 30 por barril, na mesma base, de acordo com dados do Eikon, da Refinitiv.
"Estamos contentes com nossa alocação. Os pedidos para abril foram confirmados. Fico na expectativa para maio, se os preços continuarem tão atrativos", disse à Reuters um operador de uma petroleira europeia.
Empresas europeias como Total, BP, Eni e Socar estão entre as que requisitaram alocações adicionais em ofertas de petróleo da Arábia Saudita para abril, segundo as fontes.
A Saudi Aramco se recusou a comentar. Total, BP, Eni e Socar não responderam de imediato a pedidos por comentários.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.