Bolsonaro enfrenta panelaço por segundo dia consecutivo
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços em algumas das principais cidades do país, na noite desta quarta-feira, o segundo dia consecutivo, com maior adesão do que na véspera.
No horário marcado, 20h30, panelaços fortes e gritos de "fora, Bolsonaro", foram ouvidos em diversos bairros do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, além de pelo menos outras 17 capitais brasileiras.
Protestos, no entanto, podiam ser ouvidos já no Rio, São Paulo e Brasília desde pouco depois das 19h, quando o presidente começou a falar, em um pronunciamento, depois de um encontro com presidentes dos demais poderes. Mais cedo, o presidente participara de uma longa entrevista coletiva com ministros.
Na maior cidade do país, os protestos foram registrados em bairros de classe média alta, como Higienópolis, Morumbi, Vila Madalena, entre outros. Em alguns bairros, como Vila Mariana, chegou a durar quase uma hora. No Rio de Janeiro, o panelaço foi ouvido na maior parte da Zona Sul, mas também em bairros da Zona Norte como Tijuca e Andaraí.
Na capital do país, o panelaço foi forte na maior parte do Plano Piloto, área central de Brasília, também de classe média alta.
Na noite de terça-feira, espontaneamente --não havia nenhum movimento marcado pelas redes sociais--, Bolsonaro enfrentou o primeiro panelaço de seu mandato, que tem menos de 15 meses.
Ao ser questionado nesta quarta sobre a manifestação, disse que encarava qualquer movimento como parte da democracia. Mas reclamou que as redes de televisão não divulgaram um suposto panelaço marcado a seu favor para as 21h.
Apesar do apelo do presidente, o "panelaço a favor" não teve a mesma adesão, sendo registrado em alguns bairros de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro sem a mesma intensidade, e com gritos de resposta dos contrários ao presidente.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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