FMI diz que apoio de BCE e ESM são chave para forte resposta da UE a coronavírus
WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta segunda-feira que o relaxamento das regras fiscais da zona do euro e o apoio do Banco Central Europeu (BCE) e do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) são fundamentais para uma forte resposta regional à pandemia de coronavírus.
"A determinação dos líderes da área do euro de fazer o que for preciso para estabilizar o euro não deve ser subestimada", disse o diretor do Departamento Europeu do FMI, Poul Thomsen, em uma publicação em blog do site do FMI.
Ele disse que intervenções em larga escala do BCE e os pedidos de líderes europeus para que o ESM complemente os esforços fiscais nacionais podem permitir que países com alta dívida pública reajam com força à crise.
As principais economias da Europa estão perdendo 3% da produção do PIB a cada mês em que setores-chave são fechados para tentar retardar a disseminação do vírus, e "uma profunda recessão europeia este ano é uma conclusão já dada", disse Thomsen.
Na sexta-feira, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que a economia global já estava em recessão e os países devem responder com gastos "muito grandes" para evitar uma cascata de falências e inadimplência nos mercados emergentes.
Thomsen disse em seu blog nesta segunda-feira que a principal preocupação regional do FMI é com países menores fora da União Europeia, onde a falta de profundidade dos mercados financeiros e o acesso limitado a capital externo dificultarão o financiamento de grandes aumentos em seus déficits fiscais.
Ele disse que a maioria das nove economias emergentes fora da UE na Europa Central e Oriental --excluindo Rússia e Turquia-- está buscando financiamento de emergência do FMI a partir de um fundo de 50 bilhões de dólares disponível em programas de estímulo rápido para respostas a coronavírus.
"É provável que mais países sigam o que já é o maior número de pedidos de assistência recebidos pelo FMI ao mesmo tempo", disse Thomson, acrescentando que o Fundo estava "racionalizando dramaticamente" as regras e procedimentos internos para responder com rapidez, agilidade e escala para a crise.
(Por David Lawder)
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