Vendas de combustíveis no Brasil sobem 3% em fevereiro antes de recuo por coronavírus
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As vendas de combustíveis por distribuidoras no Brasil em fevereiro cresceram 3,02% ante o mesmo período do ano passado, para 11,129 bilhões de litros, com avanços na comercialização de diesel, etanol e gasolina, sem refletir ainda queda acentuada da demanda em meio ao combate ao coronavírus no país.
De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as vendas acumuladas de combustíveis nos dois primeiros meses de 2019 avançaram 2% em relação a 2019.
Os números contrastam com indicações no mercado de uma queda importante a partir de março, devido a uma redução drástica no trânsito de veículos e pessoas nas ruas, como medida importante para combater a disseminação do novo coronavírus.
Em entrevista à Reuters, o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda, afirmou na semana passada que já havia uma queda média já registrada de 50% na demanda em pontos de venda em cidades com mais de 300 mil habitantes.
Ainda em fevereiro, as vendas de óleo diesel --combustível mais consumido do país-- subiram 4,1% em fevereiro, ante um ano antes, para 4,554 bilhões de litros, enquanto o aumento acumulado do ano foi de 2,52%, segundo a ANP.
O consumo gasolina C subiu 4,3% em fevereiro, ante o mesmo mês do ano anterior, para 3,084 bilhões de litros, sendo que o avanço acumulado no bimestre foi de 2,75%.
"O crescimento das vendas de gasolina C foi influenciado pelo ganho de competitividade frente ao etanol hidratado desde janeiro de 2020, quando o preço médio deste biocombustível ultrapassou o limite de 70% do preço do combustível fóssil", disse a autarquia.
No caso do etanol hidratado --concorrente da gasolina nas bombas-- as vendas cresceram 2,52% em fevereiro contra o mesmo mês de 2019, para 1,773 bilhões de litros. No acumulado do ano, a alta foi de 2,34%.
"Com esse resultado, as vendas de etanol hidratado completaram dezenove meses consecutivos no patamar mais elevado, para cada mês, dos últimos cinco anos", afirmou a ANP em seu boletim de vendas.
(Por Marta Nogueira)
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