HSBC prevê até 320 dias de distanciamento social no Brasil por coronavírus
(Reuters) - Analistas do HSBC estimam que o Brasil possa precisar de 320 dias de intervenções de distanciamento social, incluindo duas quarentenas com duração de 40 dias, para que o sistema de saúde do país consiga lidar com a disseminação da Covid-19.
O Brasil se beneficiará da inserção relativamente alta de camas e respiradores para cuidados intensivos, de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira, em que os analistas do banco estimam períodos de confinamento em países emergentes.
A previsão para o Brasil supera a da Turquia, que deve ter um período de 260 dias, mas é inferior a todas as outras nações acompanhadas pelo banco. Na Índia, a previsão é de 450 dias, enquanto o Egito pode precisar de 400 dias e a Rússia de 365 dias.
"Vimos um aumento acentuado no número de casos no Brasil e recentemente muitos dos governos estaduais adotaram medidas mais rígidas de mitigação, embora não tenham sido tomadas medidas significativas em nível nacional", avalia a equipe do HSBC.
O HSBC define períodos de quarentena por medidas de bloqueio total, enquanto os períodos de mitigação seriam o distanciamento social aprimorado.
Na visão dos analistas, com uma penetração de cerca de 30 ventiladores/leitos de terapia intensiva por 100 mil habitantes, o Brasil também deve ser capaz de lidar com a Covid-19 com um número relativamente menor de intervenções/quarentenas de distanciamento social em comparação com muitos dos países desenvolvidos europeus.
"Além disso, segundo o ministro da Saúde, o Brasil tem capacidade para produzir até 400 respiradores por semana, o que pode aumentar à medida que outras indústrias buscam permissão para converter a produção ociosa em respiradores e outros equipamentos médicos. Isso poderia aumentar significativamente o número de ventiladores no país e potencialmente limitar os requisitos para medidas de distanciamento social."
(Por Paula Arend Laier; Edição de Pedro Fonseca)
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