Ibovespa perde fôlego com volatilidade em NY e foco voltado para Trump
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa perdia o fôlego nesta quinta-feira, após voltar a testar os 80 mil pontos, acompanhando a volatilidade em Wall Street, uma vez que persistem preocupações sobre o tamanho do estrago econômico causado pelo Covid-19, enquanto crescem expectativas sobre o começo da normalização das economias.
Às 11:56, o Ibovespa caía 0,47%, a 78.461,20 pontos. Na máxima, chegou a subir a 80.167,22 pontos. O volume financeiro era de 6 bilhões de reais.
As atenções estão voltadas principalmente para o presidente dos EUA, Donald Trump, que planeja anunciar nesta quinta-feira novas diretrizes para reativar a economia após um isolamento de um mês em reação à pandemia de coronavírus.
Trump deve fazer uma teleconferência com governadores às 15h e disse que anunciará seu plano em uma coletiva de imprensa ainda nesta quinta-feira. A força-tarefa anticoronavírus da Casa Branca deve realizar seu briefing público diário às 17h.
A expectativa de que Trump pressione pela reabertura dos EUA ocorre após dados piores sobre a economia norte-americana na véspera e novo salto nos pedidos de auxílio-desemprego para mais de 5,2 milhões na última semana.
O fato de os números terem sido menores do que na semana anterior, contudo, trouxe um ânimo momentâneo. Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,07%, em sessão volátil.
Na visão do analista Jasper Lawler, do London Capital Group, dados econômicos ruins nos últimos dias e previsões do FMI para uma recessão grave estão despertando "alarmes sobre a atual recuperação do mercado".
Na véspera, o Ibovespa caiu 1,36%, acompanhando o ajuste negativo em Wall St, com volume financeiro recorde, inflado pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. Em abril, ainda sobe quase 8%.
DESTAQUES
- ECORODOVIAS caía 4%, tendo de pano de fundo nova queda no tráfego de veículos - de 23,1% no período de 16 de março a 14 de abril em relação ao intervalo de 18 de março e 16 de abril de 2019. CCR ON perdia 1,25%.
- CSN ON mostrava declínio de 2,2%, com o setor de mineração e siderurgia novamente entre os destaques negativos. Analistas do Credit Suisse publicaram relatório após encontro com a administração da companhia, destacando que a mesma relatou que suas operações não sofreram nenhuma interrupção relacionada ao Covid-19 até agora, mas que a demanda por aços planos foi muito fraca em abril e maio (potencialmente caindo de 40 a 50% em relação aos níveis do primeiro trimestre). "Se essa situação persistir, eles podem optar por encerrar temporariamente o alto-forno número 2", escreveram os analistas. No setor, VALE ON perdia 2,3%.
- PETROBRAS PN recuava 1,1%, conforme os preços do petróleo não tinham fôlego para sustentar uma recuperação.
- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN caíam 0,4% e 0,3%, respectivamente, também pesando no Ibovespa. BANCO DO BRASIL ON, por sua vez, tinha variação negativa de 0,7%.
- BRASKEM PNA avançava 6%, mais uma vez entre os destaques positivos.
- LOJAS AMERICNAS PN subia 4,2%, com o setor de varejo também entre os destaques positivos, tendo pano de fundo liberação de auxílio-emergencial para população, entre outras medidas a fim de estimular a economia.
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