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Vendas do GPA aumentam 14% no 1° tri com forte alta do comércio eletrônico

22/04/2020 14h32

Por Gabriela Mello

SÃO PAULO (Reuters) - O GPA divulgou nesta quarta-feira que suas vendas totais do primeiro trimestre somaram 21,6 bilhões de reais, incluindo operações na Argentina, Colômbia e Uruguai, um aumento de 14% em relação ao ano anterior.

O varejista, controlado pelo francês Casino, que no ano passado concluiu uma reformulação acionária que permitiu que o GPA contabilize as receitas da colombiana Almacenes Éxito, teve alta de 8,2% nas vendas mesmas lojas na comparação anual excluindo efeitos de calendário.

"Como resultado das medidas de isolamento social, notamos maiores volumes de vendas e níveis mais baixos de frequência de compras", afirmou o GPA em comunicado.

No Brasil, o GPA registrou alta de 15% nas vendas para 15,9 bilhões de reais, dos quais 8,5 bilhões de reais vieram de sua unidade de atacarejo Assaí, informou a empresa em comunicado.

Em uma base comparável, o Assaí teve crescimento de 7,1%. A outra divisão, conhecida como "multivarejo", que engloba as marcas Pão de Açúcar, Extra e Compre Bem, teve alta de 6,6% nas vendas mesmas lojas, excluindo efeitos de calendário.

As vendas de comércio eletrônico aumentaram 82% no período, com a pandemia de coronavírus impulsionas as compras online em 150% nas últimas duas semanas de março, informou a empresa, acrescentando que contratou mil funcionários temporários para reforçar as operações.

O rival Carrefour Brasil viu suas vendas de comércio eletrônico triplicarem no mês passado.

Como parte das medidas para enfrentar a pandemia e suprir demanda dos consumidores, o GPA disse que aumentou estoques de produtos básicos em 15%, bem como reduziu campanhas promocionais para evitar a concentração de clientes nas lojas, entre outras iniciativas.

As ações do GPA saltavam cerca de 7,7% na tarde desta quarta-feira, enquanto o Carrefour Brasil avançava 3,9%.

Analistas do BTG Pactual disseram que as vendas trimestrais do GPA mostram a resiliência das varejistas de alimentos, apesar de não haver grandes surpresas nos números.

"Vemos uma tendência positiva para o GPA nos próximos trimestres, com a empresa se beneficiando do aumento do tráfego (de clientes) no curto prazo devido ao Covid-19", escreveram os analistas em relatório, classificando a ação como "compra".