Brasil tem recorde com mais de 7 mil casos de coronavírus e total supera 85 mil; 5.901 mortos
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil bateu um novo recorde diário no registro de casos de novo coronavírus, com 7.218 notificações, alcançando agora 85.380 registros de infecção pela doença, segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira.
Com os novos número, o Brasil passou a China --primeiro país a ser afetado pelo novo coronavírus-- também em total de casos de Covid-19, após já ter superado nesta semana o número de vítimas fatais da doença no país asiático.
A China contabiliza 82.862 casos confirmados, com 4.633 mortes, de acordo com dados oficias.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil chegou nesta quinta-feira a 5.901 óbitos, após aumento de 435 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas -- repetindo o padrão acima de 400 dos últimos dias.
Segundo o ministério, a taxa de letalidade do coronavírus no Brasil é de 6,9%.
A aceleração do número de casos no país ocorre no momento em que alguns Estados começam a discutir formas de afrouxar as medidas de isolamento do coronavírus, apesar de o país ainda não ter chegado ao período de pico das internações por doenças respiratórias, que tradicionalmente ocorre no final de maio, e ante sinais de esgotamento das redes de saúde.
Questionado nesta semana por repórteres sobre as mortes, o presidente Jair Bolsonaro reagiu com desdém: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", respondeu o presidente, fazendo referência ao seu nome do meio.
São Paulo segue como o Estado do país mais afetado pela doença, com 28.698 casos --avanço de 2.540 na comparação com a véspera-- e 2.375 mortes, sendo 128 nas últimas 24 horas.
Na sequência da contagem de casos do Ministério da Saúde vem o Rio de Janeiro, com 9.453 casos e 854 mortes, acompanhado por Ceará (7.606 infecções, 482 óbitos) e Pernambuco (6.876 casos, 565 mortes) -- todos esses Estados com sinais de esgotamento em seus sistemas de saúde.
Veja um gráfico com os números do coronavírus pelo mundo: https://graphics.reuters.com/CHINA-HEALTH-MAP/0100B59S43G/index.html
(Por Ricardo Brito)
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