Governo do RJ vê curva "descontrolada" de novos casos e renova isolamento do coronavírus
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo do Estado do Rio de Janeiro e a prefeitura da capital fluminense renovaram, nesta quinta-feira, os decretos de isolamento social para tentar conter o avanço do coronavírus, em meio a uma explosão de casos e mortes e ante a perspectiva de um colapso no sistema de saúde no próximo mês.
A cidade do Rio de Janeiro estendeu o isolamento até 15 de maio, enquanto a medida do Estado tem duração agora até 11 de maio, mas o governo estadual cogita inclusive impor o chamado "lockdown" --uma quarentena completa-- diante do quadro preocupante.
“Quando você tem uma curva descontrolada desse nível não existe um sistema de saúde que possa acompanhar... não podemos descartar um ´lockdown´ para segurar a curva“, disse o secretário de Saúde do Estado, Edmar Santos, a jornalistas.
Com a renovação da quarentena, apenas serviços essenciais poderão permanecer abertos, enquanto o comércio em geral e as escolas, por exemplo, permanecem fechados e sem previsão de volta.
“Somente serviços essenciais --supermercados, açougues, padarias, lanchonetes, hortifrutis, farmácias e lojas de conveniência-- devem permanecer funcionando, porém precisam seguir com todas as medidas de segurança para evitar aglomerações, além do cumprimento do distanciamento entre as pessoas”, informou o governo estadual em nota.
O cenário do coronavírus no Rio para maio é desanimador. Com quase 800 mortes confirmadas e cerca de 9 mil casos, a rede de saúde do Estado está a beira de um colapso por falta de leitos e de profissionais de saúde.
O governador Wilson Witzel (PSC) chegou a discutir um possível afrouxamento do isolamento na linha de outros Estados, diante da pressão econômica da paralisação, mas decidiu manter a política de distanciamento.
Apesar de o governador ter recuado, a adesão ao isolamento no Rio de Janeiro caiu na última semana. No domingo, de acordo com levantamento feito pela plataforma InLoco, estava em 60,8%, mas durante os dias úteis se manteve em torno de 50%. Mesmo em dias de semana a orla da capital fluminense tem ficado cheia de pessoas.
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