Ministério da Saúde admite problemas em pesquisa de anticorpos do coronavírus
BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Saúde admitiu nesta segunda-feira que houve problemas de comunicação com alguns governos locais na realização de pesquisa de anticorpos para avaliar a real dimensão da Covid-19 no país, mas afirmou que as equipes responsáveis pela sondagem já foram reorganizadas para dar continuidade ao processo.
Segundo o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, as dificuldades enfrentadas pelas equipes foram uma situação "atípica" e "pontual", e houve comunicação com os gestores locais onde os problemas ocorreram.
"Houve, infelizmente, um problema de comunicação, apesar de o ministério ter encaminhado uma documentação para todos os Estados informando da realização da pesquisa. Infelizmente alguns municípios não receberam essa informação", explicou Macário em entrevista coletiva.
"Mas nós reforçamos a necessidade dessa pesquisa e a importância para o Brasil que tenhamos essa informação", afirmou, sobre a sondagem que pretende levantar informações detalhadas sobre número de casos, estimativas e subnotificações, por exemplo.
"Aqueles locais em que não foi possível trabalhar, os gestores já foram comunicados e a informação é que já, pelo menos, entenderam o processo", disse, garantindo que a pesquisa continua e que a equipe responsável passou por uma "reorganização" e uma "reorientação".
O secretário explicou que há ainda duas etapas a serem cumpridas, e que a informações serão passadas tanto ao Ministério da Saúde quanto aos Estados e municípios.
Segundo o ministério, mais de 15 mil pessoas em todo o país foram testadas durante a primeira etapa da pesquisa, que é financiada pelo governo federal, coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), do Rio Grande do Sul, e executada pelo Ibope.
No total, o levantamento prevê testar até 100 mil pessoas em 133 municípios. As próximas etapas de coletas estão previstas para acontecer em 28 e 29 de maio e 11 e 12 de junho.
Na mesma entrevista, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Élcio Franco, lembrou que há um esforço mundial na busca de soluções para a Covid-19 e que os técnicos da pasta estão em contato com organizações internacionais.
"Eu acredito que toda a comunidade científica mundial está inclinada à busca da vacina da Covid e não há reserva com relação ao conhecimento. Estamos com nossos técnicos e nossos especialistas em contato com especialistas de todo o mundo nesses estudos e não tem havido barreiras para que se busque essa solução", afirmou Franco.
Franco disse ainda que a pasta já trabalhava em uma avaliação de risco sobre o isolamento social, que está em fase de "conclusão", mas ainda carece da avaliação de conselhos.
A entrevista não contou com a presença do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, que está no comando da pasta após o pedido de demissão na sexta-feira de Nelson Teich após menos de uma mês como ministro.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello; Edição de Pedro Fonseca)
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