Petrobras eleva diesel em 7% na refinaria a partir de quarta; gasolina sobe 5%
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras elevará os preços médios do diesel em suas refinarias em 7% a partir de quarta-feira, enquanto as cotações da gasolina terão aumento médio de 5%, informou a companhia em nota nesta terça-feira.
O movimento da estatal é a quarta alta consecutiva para a gasolina apenas em maio, enquanto o diesel, combustível mais utilizado no país, já havia sofrido um reajuste de 8% neste mês, o primeiro do ano.
No acumulado de 2020, a gasolina ainda registra queda de cerca de 31%, embora esteja distante das mínimas registradas entre meados e o final de abril. Segundo a Petrobras, com o novo reajuste o preço médio do combustível nas refinarias passa a ser de 1,32 real por litro.
Já o diesel tem queda acumulada de cerca de 35% no ano, com o menor valor tendo sido verificado entre o final de abril e meados de maio. O valor do litro do combustível nas refinarias passa a ser de 1,51 real com a nova alta, de acordo com a petroleira.
A política de preços da Petrobras busca seguir valores de paridade de importação, que levam em conta preços do petróleo no mercado internacional mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio, segundo a empresa.
O preço do petróleo Brent, valor de referência internacional, apresenta alta de cerca de 40% em maio, impulsionado por cortes de produção e pelo otimismo quanto à retomada de demanda em função do relaxamento de "lockdowns" relacionados à pandemia de coronavírus.
No ano, porém, a cotação ainda acumula perdas de cerca de 45%, fortemente impactada pela crise sanitária e econômica.
Enquanto isso, o dólar apresentou forte valorização frente ao real nas últimas semanas, chegando a encostar na casa dos 6 reais. Nesta terça-feira, a moeda norte-americana operava em torno de 5,35 reais, menor nível desde o final de abril, mas alta de cerca de 33% em 2020.
As consecutivas altas da gasolina da Petrobras tem colaborado para deixar o etanol hidratado mais competitivo nas bombas, em momento em que as usinas do centro-sul estão no início do processamento da safra 2020/21 de cana.
As vendas do combustível renovável pelas unidades produtoras, que recuaram 22% na primeira quinzena de maio na comparação anual, só não caíram ainda mais --em meio aos impactos da pandemia-- devido à sua competitividadade, disse a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) nesta terça-feira.
(Por Luciano Costa e Gabriel Araujo)
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