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EUA avaliam suspender taxas especiais de tarifas de Hong Kong, dizem fontes

27/05/2020 15h34

Por Matt Spetalnick

WASHINGTON (Reuters) - O governo do presidente Donald Trump está avaliando suspender tarifas preferenciais de Hong Kong para exportação aos Estados Unidos como parte de sua resposta ao plano da China de estabelecer leis de segurança nacional à ex-colônia britânica, disseram pessoas familiarizadas com o assunto nesta quarta-feira.

Tal medida --após declaração do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, de que Hong Kong não é mais autônoma o suficiente em relação à China para merecer tratamento comercial especial-- poderia colocar os produtos de Hong Kong sob as mesmas tarifas que o presidente Trump tem aplicado às exportações da China continental, disseram as fontes.

A opção está entre uma série de ideias sendo avaliadas em resposta à pressão cada vez maior da China em Hong Kong, que levantou temores pela perda de liberdades que ajudaram a fazer do território um centro financeiro global, disseram as fontes, falando sob condição de anonimato.

Uma ação norte-americana muito mais severa seria formalmente revogar o status especial de Hong Kong sob a lei dos EUA, uma decisão que apenas Trump pode tomar.

Enquanto Trump impôs tarifas altas sobre muitos produtos chineses desde que assumiu o cargo em 2017, a ex-colônia britânica tem sido tratada separadamente da economia da China e suas exportações para os Estados Unidos são alvo de taxas menores.

Mas os Estados Unidos importaram apenas 4,7 bilhões de dólares em mercadorias de Hong Kong em 2019, segundo dados do governo norte-americano, limitando o impacto da imposição de tarifas sobre os produtos de Hong Kong.

No entanto, Hong Kong tem uma tarifa zero na importação de bens dos EUA, o que poderia estar em risco sob medidas chinesas de retaliação. Hong Kong foi a fonte do maior superávit comercial bilateral de bens dos EUA no ano passado, de 26,1 bilhões de dólares, com base em dados oficiais dos EUA.

(Por Matt Spetalnick, reportagem adicional de David Lawder e David Brunnstrom)