Opep+ deve reduzir cortes de produção de petróleo a partir de agosto
Por Rania El Gamal e Dmitriy Turlyun e Vladimir Soldatkin
DUBAI (Reuters) - A Opep e aliados, incluindo a Rússia devem flexibilizar cortes de produção de petróleo a partir de agosto, à medida que a economia global lentamente se recupera da pandemia de coronavírus, disse nesta quarta-feira o ministro de Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores, conhecidos como Opep+, têm restringido a produção desde maio em 9,7 milhões de barris por dia, ou 10% da oferta global, depois que o vírus destruiu um terço da demanda mundial.
Após julho, os cortes deveriam ser reduzidos para 7,7 milhões de bpd até dezembro, mas o ministro saudita disse que na prática eles serão maiores, uma vez que haverá uma compensação por países que produziram além de suas cotas em meses anteriores.
Documentos da Opep+ vistos pela Reuters mostraram que os cortes devem ser flexibilizados dos atuais 9,7 milhões de barris por dia para cerca de 8,54 milhões de bpd em agosto e setembro. Isso deve-se a compensações esperadas para Iraque, Nigéria, Angola, Rússia e Cazaquistão.
"À medida que avançamos para a próxima fase do acordo, a oferta adicional resultante do relaxamento nos cortes de produção será consumida conforme a demanda continua sua trajetória de recuperação", disse o príncipe Abdulaziz.
Ele falou durante o início de um painel conhecido como Comitê Ministerial de Monitoramento Conjunto nesta quarta-feira, que está reunido para estabelecer uma recomendação sobre o nível dos cortes.
Os preços do petróleo se recuperaram para cerca de 43 dólares por barril, depois de uma mínima de 21 anos tocada em abril, abaixo de 16 dólares.
A recuperação dos preços permitiu que alguns produtores nos Estados Unidos retomassem operações. A Rússia e a Opep dependem fortemente da receita com petróleo, mas provavelmente não buscarão pressionar por uma alta maior do preços para não dar um impulso à produção dos rivais nos EUA.
Na terça-feira a Opep disse que via a demanda se recuperando em 7 milhões de bpd em 2021, depois de uma retração de 9 milhões neste ano.
O príncipe saudita disse também que as exportações do reino em agosto devem seguir estáveis, uma vez que cerca de 0,5 milhão de bpd em oferta adicional com a flexibilização dos cortes serão utilizados no mercado doméstico.
(Por Redação Opep)
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