Indústria de petróleo dos EUA enfrenta maior ameaça em 15 anos com furacão Laura
Por Erwin Seba
HOUSTON (Reuters) - A indústria petrolífera dos Estados Unidos começou a se preparar para a chegada de um furacão de grandes proporções nesta terça-feira, reduzindo a produção de petróleo a um nível que se aproxima do verificado à época do furacão Katrina, em 2005, e interrompendo o refino de petróleo em unidades da costa do Texas/Louisiana.
A tempestade deve ganhar força rapidamente e se transformar em um grande furacão com ventos constantes de 185 quilômetros por hora quando atingir a costa, no início da quinta-feira, segundo o Centro Nacional de Furacões do país.
Essa intensificação deverá, no mínimo, levar uma tempestade de 3 metros para a costa superior do Texas, podendo produzir um devastador furacão de categoria 4, segundo Chris Kerr, meteorologista da DTN, que fornece informações sobre agricultura, energia e clima.
Na segunda-feira, a tempestade já havia interrompido a produção de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo, cerca de 82% da produção "offshore" do Golfo do México --nível que se aproxima da paralisação de 90% causada pelo Katrina há 15 anos.
Refinarias paralisaram instalações que processam pelo menos 1,8 milhão de bpd de petróleo, 10% da capacidade total dos EUA, segundo cálculo da Reuters. Na esteira da interrupção, os preços da gasolina dispararam nesta terça-feira, acumulando alta de mais de 10% desde sexta-feira.
"Haverá uma tempestade significativa de Galveston, no Texas, até o rio Sabine", área que compreende algumas das maiores refinarias da região, disse Kerr, da DTN. "Há condições ideais nas regiões central e oeste do Golfo para uma rápida intensificação."
Autoridades das cidades de Port Arthur e Galveston, que possuem cerca de 50 mil habitantes cada, emitiram ordens de evacuação obrigatória diante da chegada do furacão Laura.
O fenômeno climático deve levar a fortes chuvas em uma área que representa mais de 45% da capacidade total de refino dos EUA e 17% da produção de petróleo, segundo a Administração de Informação sobre Energia (AIE).
(Reportagem de Erwin Seba e Scott DiSavino)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.