Ministério da Saúde não pretende comprar vacinas produzidas na China contra Covid-19, diz secretário-executivo
BRASÍLIA (Reuters) - O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, informou nesta quarta-feira que a pasta não tem intenção de comprar vacinas produzidas na China e que não houve compromisso com o governo de São Paulo para compra, mas sim a assinatura de um “protocolo não-vinculante”.
Segundo o secretário, houve uma má interpretação das informações e o protocolo prevê a aquisição de uma “vacina brasileira”, desde que certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no caso de ser a primeira a ficar disponível.
“Qualquer vacina quando estiver disponível, certificada pela Anvisa e adquirida pelo Ministério da Saúde ficará disponível para a população. No que depender desta pasta, não será obrigatória”, disse o secretário-executivo.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na terça-feira, em reunião com governadores, que o ministério iria adquirir 46 milhões de doses da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan com tecnologia da chinesa Sinovac, assim que houvesse concessão do registro pela Anvisa.
Nesta quarta, o presidente Jair Bolsonaro, respondendo a apoiadores nas redes sociais, afirmou que a vacina não seria comprada. Depois, em post próprio, reafirmou que não seria comprada e que o povo brasileiro não seria tratado como cobaia.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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