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Mercado melhora projeção para déficit neste ano, mas piora visão para 2021

Concurso AFT : ministério da economia - Google Maps
Concurso AFT : ministério da economia Imagem: Google Maps

19/11/2020 14h55

BRASÍLIA (Reuters) - Analistas consultados pelo Ministério da Economia melhoraram sua projeção para o déficit primário do governo central neste ano, mas passaram a ver um rombo maior no ano que vem, conforme boletim Prisma Fiscal divulgado hoje.

Agora, a perspectiva é de um déficit de 844,8 bilhões de reais em 2020, abaixo dos 858,2 bilhões de reais apontados no relatório do mês passado. A cifra histórica reflete os vultosos gastos da União com o enfrentamento à pandemia de coronavírus.

Para 2021, a conta foi piorada a um déficit de 224,8 bilhões de reais, ante 218 bilhões de reais anteriormente. A meta para o governo central em 2020 é de déficit de 124,1 bilhões de reais, mas o governo não precisará cumpri-la em função do estado de calamidade pública pelo surto de covid-19.

Em sua estimativa oficial mais recente, o Ministério da Economia calculou um rombo maior para este ano, de 880,5 bilhões de reais, equivalente a 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Quanto ao ano que vem, o governo definiu uma meta de déficit primário de 149,61 bilhões de reais em seu projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas pediu no texto para que ela seja mudada sempre que as receitas para o próximo ano forem recalculadas, já admitindo que o oitavo déficit anual consecutivo do país deve ser muito pior.

A LDO ainda não foi votada pelo Congresso e sua tramitação está envolta em incertezas em meio a divergências políticas quanto aos trabalhos da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e a briga entre o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do chamado Centrão, para indicação à presidência do colegiado.

Segundo o Prisma, a expectativa para a dívida bruta em 2020 foi mantida estável em 94,50% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2021, analistas previram que a dívida bruta chegará a 95,45% do PIB, ligeira melhora ante o percentual de 95,70% calculado antes.