Fed relata "pouco ou nenhum crescimento" em 4 de 12 regiões dos EUA--Livro Bege
Por Howard Schneider e Ann Saphir
WASHINGTON (Reuters) - As autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) viram "pouco ou nenhum crescimento" em quatro dos seus 12 distritos norte-americanos e apenas uma modesta expansão em outras regiões nas últimas semanas, em meio a uma crise sanitária que se propaga rapidamente e ao impacto de uma recessão que devastou empresas e famílias.
Na região da Filadélfia e em grande parte do Meio Oeste "a atividade começou a desacelerar no início de novembro com o salto nos casos da Covid-19", disse o banco central dos EUA nesta quarta-feira em seu mais recente "Livro Bege", um compêndio de informações de contatos empresariais de 12 distritos.
Embora alguns setores, como o de manufatura, tenham se saído bem, sinais de estresse aumentaram.
"Em vários distritos, contatos bancários registraram alguma deterioração nas carteiras de crédito, particularmente de empréstimos comerciais nos setores de varejo, lazer e hospitalidade", informaram as autoridades do Fed.
Os relatos, coletados antes de 20 de novembro, incluem informações de gerentes de fábricas que tiveram dificuldades em encontrar trabalhadores para auxiliar na expansão nas vendas de produtos, mesmo com os segmentos de restaurantes e hotelaria, duramente afetados, continuando a enfrentar uma demanda reduzida por serviços presenciais em razão da pandemia do coronavírus.
"As empresas que estavam contratando continuaram relatando dificuldades para atrair e manter trabalhadores", disse o Fed, com a disseminação do vírus tendo causado o fechamento de novas escolas, afetando a capacidade das pessoas de trabalhar.
A divisão entre regiões e setores que estão indo bem e aqueles que não estão tornou-se uma marca da recessão atual e apresenta ao Fed uma difícil decisão, num momento em que o BC debate se deve anunciar mais apoio para a economia em sua reunião de política monetária dos dias 15 e 16 de dezembro.
A economia continua a se recuperar do impacto profundo que sofreu no início da pandemia, e a perspectiva de uma futura vacina contra a Covid-19 significa que a recuperação pode ganhar fôlego no próximo ano.
Enquanto isso, o país apresenta 10 milhões de empregos a menos em relação ao nível de fevereiro, uma grande lacuna a ser preenchida, especialmente considerando a desaceleração do ritmo de criação de postos de trabalhos nos últimos meses.
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