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Fitch vê menor retração do PIB brasileiro em 2020, mas reduz expectativa de crescimento para 2021

Fitch vê menor retração do PIB brasileiro em 2020, mas reduz expectativa de crescimento para 2021 - Notas de reais
Fitch vê menor retração do PIB brasileiro em 2020, mas reduz expectativa de crescimento para 2021 Imagem: Notas de reais

07/12/2020 15h27

A agência de classificação de risco Fitch Ratings melhorou sua previsão para o desempenho da economia do Brasil neste ano, mas reduziu a expectativa para 2021, citando "vários riscos de baixa" para o próximo ano, incluindo efeitos da retirada do auxílio emergencial e o desemprego persistentemente alto.

A Fitch passou a ver contração de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, ante queda de 5,0% esperada em meados de novembro e recuo de 5,8% projetado em setembro.

Para 2021, a previsão é que o PIB cresça 3,1%, frente a uma taxa de 3,2% projetada antes, conforme relatório com data desta segunda-feira.

"O ressurgimento do coronavírus, o endurecimento das medidas de distanciamento social e/ou manobras de política que minem a confiança do mercado na trajetória fiscal futura são riscos adicionais de queda (à taxa de crescimento do PIB)", disse a Fitch em nota.

De toda forma, a expansão da economia em 2021 será amparada pela combinação entre retomada da atividade mundial, "forte" crescimento da China (principal parceiro comercial do Brasil) e uma taxa de câmbio "competitiva".

"Uma política monetária acomodatícia e possível redução na poupança das famílias ante níveis recentemente elevados continuarão a facilitar uma recuperação econômica gradual, além do efeito da base favorável decorrente da flexibilização de medidas de distanciamento social", afirmou a agência.

A Fitch elevou a projeção de inflação a 4,2% para este ano, num contexto de maiores pressões sobre alimentos, energia e repasse da desvalorização cambial. Para 2021, a expectativa é que o IPCA desacelere para 3,5%.

A Selic será elevada dos atuais 2% para 3% ao fim de 2021, segundo a Fitch, que estima dólar a 5,20 reais no término do ano que vem, frente a uma taxa esperada de 5,40 reais para a conclusão de 2020.

Para 2022, a Fitch calcula crescimento de 2,5% do PIB, inflação ao consumidor de 3,5%, taxa Selic em 4,50% ao final do ano e dólar a 4,90 reais.