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Mastercard prevê que BC autorizará WhatsApp para pagamentos no 1º tri de 2021

Mastercard prevê que BC autorizará WhatsApp para pagamentos no 1º tri de 2021 - Imagem: Christoph Scholz (Flickr)
Mastercard prevê que BC autorizará WhatsApp para pagamentos no 1º tri de 2021 Imagem: Imagem: Christoph Scholz (Flickr)

08/12/2020 14h41

SÃO PAULO (Reuters) - A Mastercard previu hoje que o Banco Central pode autorizar no primeiro trimestre de 2021 o uso do WhatsApp para pagamentos, após terem sido solucionadas preocupações do regulador sobre a inovação.

"Temos tido reuniões semanais com o Banco Central e acho que estamos perto da permissão do WhatsApp para pagamentos", disse o presidente da Mastercard para o Brasil e Cone Sul, Pedro Paro Neto, em entrevista a jornalistas, agregando que espera o aval para o primeiro trimestre do ano que vem.

O BC suspendeu o serviço anunciado pelo Whatsapp, em junho, alegando a necessidade de que ele passasse por um processo de autorização. O modelo previa a transferência de recursos por meio do aplicativo através de cartões, com uso dos sistemas de pagamentos existentes da Visa e da Mastercard.

Fontes próximas às discussões apontaram que o lançamento de pagamentos pelo Whatsapp antes do início pleno de operações do Pix poderia afetar negativamente a nova plataforma de pagamentos instantâneos do BC, lançado no mês passado.

PREVISÕES

Paro Neto também previu que os pagamentos com cartões de débito e de crédito no Brasil em 2021 deve crescer cerca de 16%, já considerando o término do pagamento do auxílio-emergencial pelo governo federal.

Para este ano, o executivo prevê alta de ao redor de 11% sobre o ano passado. O número é menor do que a expansão de 18% inicialmente prevista para 2020.

"Mas estamos felizes com o balanço de 2020, considerando tudo o que aconteceu", disse ele, referindo-se à crise provocada pela pandemia da Covid-19.

A Mastercard estimou que a participação dos cartões nos pagamentos de compras atingiu cerca de 50% dos gastos das famílias no país neste ano, ante cerca de 45% no ano passado, dado que as medidas de isolamento social aceleraram a troca de dinheiro em espécie por meios eletrônicos.