Japonesa Daiwa abre negócio de mercado de capitais na China
Por Takashi Umekawa e Yuki Nitta
TÓQUIO (Reuters) - A japonesa Daiwa Securities planeja abrir em fevereiro seu negócio de emissão de títulos na China por meio de uma joint venture, disse o presidente-executivo Seiji Nakata à Reuters.
A China revelou uma série de medidas nos últimos anos para abrir seu setor financeiro de trilhões de dólares para empresas estrangeiras, incluindo bancos, administração de fundos, corretoras e seguradoras.
O plano da Daiwa de abrir um negócio de subscrição com dois sócios locais após o Ano Novo Lunar, em 12 de fevereiro, marcará o retorno da segunda maior corretora e banco de investimento do Japão à China, após uma ausência de seis anos.
"Embora a China tenha riscos ilimitados, incluindo políticos, também tem potencial de crescimento ilimitado em sua economia", disse Nakata à Reuters.
A joint venture da Daiwa com o Beijing State Capital Operation Management Center, com 33%, e a Beijing Xi Cheng Capital, com 16%, aguarda licença da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China.
A Daiwa esteve ativa na China por uma década, tendo 33% de uma joint venture com a Shanghai Securities, mas desistiu em 2014, após não conseguir ganhar participação de mercado significativa, citando o escopo limitado do negócio.
"Era difícil para nós operar o negócio naquela época porque o presidente-executivo da joint venture vinha de nosso parceiro, não de nós", disse Nakata.
O plano da Daiwa segue os movimentos recentes de outras empresas financeiras para aumentar negócios na China.
O Goldman Sachs acertou no início do mês a compra de sua sócia local, assumindo todo o negócio. O JPMorgan elevou a fatia numa joint venture, de 20% para 71%, em novembro. O maior rival japonês da Daiwa, Nomura, lançou uma joint venture em dezembro de 2019, com 51% do controle.
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