FMI diz que fim da pandemia é possível a um custo de cerca de US$50 bi
Por Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta sexta-feira uma proposta de 50 bilhões de dólares para acabar com a pandemia de Covid-19, vacinando pelo menos 40% da população de todos os países até o final de 2021 e pelo menos 60% até o primeiro semestre de 2022.
Fazer isso, disseram autoridades do FMI, injetaria o equivalente a 9 trilhões de dólares na economia mundial até 2025 devido a uma retomada mais rápida da atividade econômica, com os países ricos sendo potencialmente mais beneficiados.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse a uma cúpula da saúde organizada pela Comissão Europeia e pelo G20 que faz sentido que as economias ricas aumentem as doações para garantir um fim mais rápido da pandemia.
"As economias avançadas - solicitadas a contribuir mais para este esforço - provavelmente veriam o maior retorno sobre investimento público na história moderna, capturando 40% dos ganhos do PIB e cerca de 1 trilhão de dólares em receitas fiscais adicionais", disse ela.
A proposta elaborada pela economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, e pelo economista da equipe Ruchir Agarwal amplia os esforços já em andamento pelo Acesso ao Acelerador de Ferramentas contra a Covid-19 (ACT), pelas Nações Unidas, Organização Mundial da Saúde e outros grupos.
A implementação do plano custaria cerca de 50 bilhões de dólares, com 35 bilhões de dólares sendo pagos por meio de doações de países ricos, doadores privados e multilaterais, e os 15 bilhões de dólares restantes financiados por governos nacionais usando financiamento de juros baixos, ou sem juros, disponível dos bancos multilaterais de desenvolvimento.
Os países do G20 já reconheceram a necessidade de cerca de 22 bilhões de dólares em doações para enfrentar a crise, deixando cerca de 13 bilhões de dólares em doações adicionais necessários para alcançar os 50 bilhões de dólares, disseram autores do FMI.
Sem ações urgentes, muitos países emergentes e em desenvolvimento podem ter que esperar até o final de 2022 ou mais tarde para controlar a pandemia, acrescentaram.
(Por Andrea Shalal)
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