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Moro se diz pronto para liderar projeto eleitoral e diz que se aconselha com Pastore na economia

Moro se recusou a citar outros nomes que o vem aconselhando em sua empreitada eleitoral alegando que seu projeto ainda está em construção - Adriano Machado/Reuters
Moro se recusou a citar outros nomes que o vem aconselhando em sua empreitada eleitoral alegando que seu projeto ainda está em construção Imagem: Adriano Machado/Reuters

Eduardo Simões

17/11/2021 09h23

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro disse em entrevista à TV Globo que foi ao ar na madrugada desta quarta-feira (17) que se sente preparado para liderar um projeto na eleição presidencial do ano que vem e afirmou que tem se aconselhado com o economista Affonso Celso Pastore em assuntos macroecônomicos.

Em entrevista ao programa 'Conversa com Bial', Moro se recusou a citar outros nomes que o vem aconselhando em sua empreitada eleitoral alegando que seu projeto ainda está em construção.

"Estou pronto para liderar esse projeto, e construindo um projeto consistente com o povo brasileiro. Se o povo brasileiro tiver essa confiança, o projeto segue adiante", disse o ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, com quem rompeu no ano passado.

"O problema é que esse projeto ainda está sendo construído e a partir do momento em que se revelam nomes, as pessoas ficam sob uma pressão terrível. Eu vou revelar um, e vou pedir escusas para não revelar outros: no nível macroeconômico, quem tem me ajudado é um economista de renome, um dos melhores nomes do país, alguém que eu conheço há muito tempo, que é o Affonso Celso Pastore", afirmou.

Moro, que deixou o governo Bolsonaro no ano passado acusando o presidente de buscar interferir politicamente na Polícia Federal, filiou-se ao Podemos na semana passada e adotou discurso de candidato ao Palácio do Planalto no discurso que fez em sua cerimônia de filiação.

O ex-juiz também foi responsável pelas condenações em primeira instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela decretação de sua prisão após confirmação das condenações em segunda instância, que impediram Lula de disputar a eleição de 2018. Neste ano, as condenações contra Lula foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, que ainda considerou Moro parcial nos protestos contra o petista.

Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro do ano que vem, bem à frente de Bolsonaro, que aparece em segundo.

Moro é um dos principais nomes da chamada terceira via, candidatos que tentam superar polarização entre Bolsonaro e Lula. Entretanto, em recente pesquisa Genial/Quaest, o petista venceria o ex-magistrado por 57% a 22% num eventual segundo turno.

Pastore, de 82 anos, foi presidente do Banco Central entre 1983 e 1985, durante o governo do presidente João Figueiredo, último general a presidir o Brasil durante a ditadura militar que governou o país de 1964 a 1985.