Laboratórios recomendam priorizar testes de Covid a casos graves por risco de desabastecimento
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) recomendou priorizar a testagem de Covid-19 para pacientes com maior gravidade dos sintomas e outros grupos determinados, por avaliar que há um "risco real de desabastecimento" de estoques de insumos.
A associação alertou que a alta demanda dos exames laboratoriais para Covid-19 no país --assim como em outras partes do mundo-- trouxe ao setor preocupação com a falta de insumos.
"A alta transmissibilidade da nova variante Ômicron causou aumento exponencial de casos, o que vem demandando significativo aumento da capacidade produtiva global de testes, tanto de PCR como de antígeno, e se os estoques não forem recompostos rapidamente poderá ocorrer a falta de oferta de exames", disse a entidade, em comunicado.
"Quando avaliamos as notícias que vêm de outros países, de que eles já estão sem insumos, é certo que o problema chegará ao Brasil, não sendo possível mensurar nesse momento até quando poderemos atender, pois os estoques são variados dependendo do laboratório e da região, mas há um risco real de desabastecimento", acrescentou.
A Abramed lista como grupos a serem priorizados na realização de testes, além dos pacientes com sintomas graves, hospitalizados e cirúrgicos, pessoas de grupo de risco, gestantes, trabalhadores assistenciais da área de saúde e colaboradores de serviços essenciais.
A entidade disse que vai contactar o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e outras entidades para se buscar uma "sensibilização" sobre a importância de otimizar o uso dos testes disponíveis até que a situação seja normalizada.
Em meio à explosão recente de casos confirmados de Covid, o Ministério da Saúde informou que vai ampliar a compra de testes de coronavírus.
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