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Stellantis supera metas no 1º ano e ganha fôlego para enfrentar custos maiores

23/02/2022 15h30

Por Giulio Piovaccari e Gilles Guillaume e Nick Carey

MILÃO (Reuters) - A Stellantis superou sua meta de lucro no primeiro ano de existência, resultado da fusão da Fiat Chrysler com a PSA, fabricante da Peugeot, aumentando esperanças de que a montadora terá sucesso ao lidar com o alta dos custos de matérias-primas e a escassez de chips semicondutores.

As ações companhia subiram 4,4% nesta quarta-feira em Milão.

A empresa, cujas marcas incluem Jeep, Fiat, Opel e Maserati, reportou margem de lucro operacional ajustada de 11,8% em 2021, acima da meta de cerca de 10%, graças ao progresso nas sinergias da fusão, que gerou cerca de 3,2 bilhões de euros.

Em teleconferência com analistas, o presidente-executivo, Carlos Tavares, disse esperar que autoridades chinesas aprovem os planos da Stellantis de aumentar sua participação na joint venture chinesa com o Guangzhou Automobile (GAC).

A montadora também espera registrar uma margem de dois dígitos de novo este ano. O valor pró-forma de 2020 foi de 6,9%.

O chefe de finanças, Richard Palmer, disse a repórteres que o aumento dos preços de matérias-primas, como metais, seguirá sendo um problema para a indústria neste ano, mas a escassez de semicondutores, que custou ao grupo cerca de 20% da produção planejada em 2021, atingiu o pico no terceiro trimestre de 2021.

Palmer disse que as sinergias de caixa no ano passado colocaram o grupo à frente do cronograma para atingir 80% de sua meta de redução de custos de 5 bilhões de euros até 2024.

Ele acrescentou que a Stellantis não teve uma exposição direta significativa à Rússia, que enfrenta novas sanções econômicas internacionais por suas ações na Ucrânia.

Até agora, Tavares traçou uma estratégia de eletrificação de 30 bilhões de euros e formou alianças com a Amazon e a Foxconn para acelerar o desenvolvimento de software e semicondutores para futuros veículos conectados.

Em comunicado separado, a Stellantis disse que pagará 1,9 bilhão de euros em benefícios aos funcionários com base nos resultados do ano passado, um aumento de 70% sobre 2020.