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Angra 3 pode não ser concluída, se falhar capitalização da Eletrobras, diz BNDES

14.abr.2011 - Foto aérea da usina da construção de Angra 3 - Vanderlei Almeida/AFP
14.abr.2011 - Foto aérea da usina da construção de Angra 3 Imagem: Vanderlei Almeida/AFP

Letícia Fucuchima

Da Reuters, em São Paulo

07/04/2022 10h56

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse nesta quinta-feira que há uma chance razoável de as obras da usina nuclear Angra 3 não serem concluídas se a Eletrobras não for capitalizada.

Com isso, quem arcaria com os custos de fechamento do empreendimento seriam a empresa e a sociedade brasileira, apontou Montezano, durante debate público sobre a privatização da Eletrobras realizado pelo Tribunal de Contas da União.

O executivo do banco que está capitaneando os estudos da privatização apontou ainda um possível prejuízo à renovação da concessão da usina hidrelétrica Tucuruí, se o processo não andar. O empreendimento é uma das maiores fontes de receita da Eletrobras e tem contrato expirando em 2024.

Ainda segundo Montezano, existe hoje um "alinhamento" para que a capitalização da Eletrobras aconteça neste ano, com uma janela de mercado propícia e interesse das instituições em seguir com o processo.

"Se (a oferta) ficar para o ano que vem... esse alinhamento terá que estar lá".