Lucro do Citi cai 46% com provisões por Rússia, menores receitas e mais despesas
Por David Henry e Manya Saini
NOVA YORK (Reuters) - O Citigroup reportou nesta quinta-feira queda de 46% no lucro do primeiro trimestre, diante de provisões para perdas ligadas à Rússia, queda nas receitas e despesas mais altas.
O Citi adicionou 1,9 bilhão de dólares às suas provisões no trimestre para se preparar para perdas de exposições diretas na Rússia e o impacto econômico da guerra na Ucrânia.
Isso elevou o custo de crédito para 755 milhões de dólares, um contraste ante uma redução de 2,1 bilhões de dólares das provisões um ano atrás, quando liberou reservas para perdas criadas durante a pandemia do Covid-19.
O Citi reduziu sua exposição à Rússia de 9,8 bilhões para 7,8 bilhões de dólares entre dezembro e março. Se o conflito evoluir para um cenário adverso, agora não perderá mais de 3 bilhões de dólares, ante 5 bilhões estimados no mês passado.
De janeiro a março, o lucro líquido do Citi somou 4,3 bilhões de dólares, ou 2,02 dólares por ação, ante 7,94 bilhões de dólares, ou 3,62 dólares por ação, um ano antes. Analistas, em média, esperavam lucro de 1,55 dólar por ação, segundo dados do Refinitiv IBES.
A receita caiu 2%, a 19,2 bilhões de dólares. Isso se deveu principalmente à queda de 43% em banco de investimento, à medida que a onda de negócios com empresas de cheques em branco (SPACs) diminuiu, secando as taxas de subscrição.
A receita de tesouraria e soluções comerciais aumentou 18% devido a uma maior receita com juros e aumento de taxas.
Para tentar proteger a cotação das ações, o Citi tem usado excesso de capital para recompras. Diferente de outros grandes bancos, suas ações são negociadas com desconto em relação ao patrimônio líquido, tornando atraentes as recompras.
O banco retornou 4 bilhões de dólares aos acionistas no trimestre, incluindo 1 bilhão de dólares em dividendos.
As recompras ocorreram porque a conta de capital do Citi foi prejudicada por perdas não realizadas em títulos como resultado do recente aumento das taxas de juros.
Seu índice de capital de nível 1 caiu para 11,4%, de 12,2% em dezembro. O banco disse que pretende ter o índice de volta para 12% até o final do ano.
(Por Manya Saini e David Henry)
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