Delegados ameaçam com operação-padrão e paralisação se governo não reestruturar carreiras
(Reuters) - Os delegados da Polícia Federal ameaçam realizar operação-padrão e mesmo paralisar atividades se o governo não editar medida provisória promovendo reestruturação das carreiras policiais federais.
Em assembleia-geral dos delegados eles aprovaram já para o próximo dia 28 uma manifestação em todas as unidades da PF no país, segundo nota da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgada nesta quinta-feira.
"A ADPF também apresentará ao diretor-geral da Polícia Federal um comunicado que recomenda a todos os delegados federais que não viajem em missão sem o pagamento prévio de diárias, bem como estabeleça, em 30 dias, critérios para compensação ou remuneração do regime de sobreaviso", diz a nota.
"A entidade aprovou, ainda, o indicativo de recomendação de operação-padrão e redução de produtividade nas atividades administrativas de fiscalização, bem como indicativo de paralisação das atividades junto com os demais cargos da PF, esta última a ser ratificada em assembleia no dia 2 de maio" acrescenta o comunicado.
O Orçamento da União de 2022 tem um espaço de 1,7 bilhão de reais reservado originalmente para aumentar salários apenas de carreiras da segurança pública. Mas promessa do presidente Jair Bolsonaro nesse sentido gerou descontentamento geral entre os demais funcionários públicos, contribuindo para mobilizações de várias categorias, incluindo uma greve de servidores do Banco Central.
Ainda em janeiro, Bolsonaro comentou o que chamou de "grita geral" em torno do eventual reajuste apenas para servidores da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ressaltando que a alternativa poderia ser todos os funcionários públicos ficarem sem aumento.
Depois disso, com várias mobilizações entre os servidores, o governo passou a avaliar um reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo.
Na última segunda-feira, no entanto, o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, disse que ainda não há decisão tomada sobre reajuste neste ano, ressaltando que o governo “terá olhar especial” sobre o tema e colocou previsão expressa de aumentos e reestruturação de carreiras em 2023.
(Redação São Paulo)
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