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Guerra e covid na China devem exacerbar pressões inflacionárias, diz Campos Neto

7.abr.2020 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em coletiva do Palácio do Planalto - Adriano Machado/Reuters
7.abr.2020 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em coletiva do Palácio do Planalto Imagem: Adriano Machado/Reuters

Bernardo Caram

23/05/2022 13h56Atualizada em 23/05/2022 14h06

A guerra na Ucrânia e os lockdonws implementados na China para combater nova onda de Covid-19 têm potencial para exacerbar pressões inflacionárias que já vinham se acumulando em países emergentes e economias avançadas, apontou nesta segunda-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em apresentação distribuída à imprensa pela autarquia.

O material foi apresentado em evento promovido pela Trench Rossi Watanabe em São Paulo. A reunião foi fechada e sem divulgação da fala de Campos Neto.

De acordo com a apresentação, após forte recuperação em 2021, indicadores de curto prazo sugerem que a atividade global desacelerou.

Segundo os slides do presidente do BC, mesmo antecipando elevações nas taxas básicas de juros, as taxas de juros reais de curto prazo das economias avançadas deverão ser negativas ao final de 2022.

Campos Neto voltou a mostrar que o conflito no leste europeu traz importantes implicações para a economia global, independentemente de seu desfecho. Para ele, a guerra leva a uma criação de redundâncias na produção de insumos e gera uma divisão das cadeias globais, criando oportunidade para o Brasil em sua relação com o bloco ocidental.