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Economia da Alemanha evita recessão em meio a peso de guerra e pandemia

Portão de Brandenburgo, em Berlim, iluminado com as cores da bandeira da Alemanha - Clemens Bilan/ AFP
Portão de Brandenburgo, em Berlim, iluminado com as cores da bandeira da Alemanha Imagem: Clemens Bilan/ AFP

Miranda Murray e Rene Wagner

Reuters, Berlim

25/05/2022 07h31

A economia da Alemanha cresceu ligeiramente no primeiro trimestre em relação período anterior, com investimentos maiores compensados pelos impactos da guerra na Ucrânia e da covid-19 que segundo especialistas devem pesar mais nos três meses até junho.

A maior economia da Europa cresceu 0,2% na comparação trimestral e 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, disse a Agência Federal de Estatística nesta quarta-feira. Pesquisa da Reuters projetava avanços de 0,2% e 3,7%, respectivamente.

A leitura significa que a Alemanha evitou uma recessão, em geral definida como dois trimestres consecutivos de contração, depois que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,3% no final de 2021.

Enquanto os gastos das famílias e do governo permaneceram no mesmo nível do trimestre anterior e as exportações caíram no início do ano, os investimentos cresceram.

Os investimentos em construção, impulsionados pelo clima ameno, aumentaram 4,6% em relação ao trimestre anterior, apesar dos aumentos de preços, e os investimentos em máquinas e equipamentos cresceram 2,5%.

A confiança empresarial alemã subiu inesperadamente em maio, diante da resiliência da economia, de acordo com uma pesquisa do instituto Ifo publicada esta semana que não encontrou sinais observáveis de uma recessão.

No entanto, também não se vislumbra uma recuperação, e Sebastian Dullien, diretor do Instituto de Política Macroeconômica (IMK), prevê que o efeito da guerra e das restrições ligadas à pandemia na China - o maior parceiro comercial da Alemanha no ano passado, segundo dados oficiais - será muito maior no segundo trimestre.