Ibovespa avança e recupera 100 mil pontos com exterior; Petrobras segue no radar
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista adotava um viés positivo nesta terça-feira, acompanhando o movimento de mercados acionários no exterior, enquanto, no Brasil, o foco continua voltado para a Petrobras e potenciais medidas contra a alta dos preços de combustíveis.
Às 11:48, o Ibovespa subia 0,44%, a 100.325,01 pontos. O volume financeiro somava 5,9 bilhões de reais.
Nos Estados Unidos, as bolsas apuravam ganhos na volta do fim de semana prolongado por feriado na segunda-feira, buscando uma recuperação após uma semana difícil para Wall Street. O S&P 500 tinha elevação de 2,7%. Na Europa, os principais índices de ações também trabalhavam no azul.
Em comentário a clientes, a equipe da Guide Investimentos disse que falas do presidente norte-americano, Joe Biden, na véspera, de que uma recessão não é inevitável, ajudavam no sentimento. "Ainda assim, o mercado continua apostando em uma maior chance de que isso ocorra na maior economia do mundo."
Sobre o Brasil, a equipe da corretora destacou que investidores seguem digerindo riscos relacionados à Petrobras, além da ata da última decisão de juros do Banco Central, quando a Selic foi elevada em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano.
No documento, o BC indicou que há necessidade de manter a taxa básica de juros em nível elevado por período prolongado para levar a inflação a patamar próximo à meta fiscal em 2023, e reforçou que pretende fazer novo ajuste igual ou menor que 0,5 ponto na Selic em agosto.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN operava estável, com as atenções voltadas para o debate em Brasília sobre o que será feito em relação aos preços dos combustíveis, e os potenciais reflexos na companhia. O Bradesco BBI afirmou que o ruído nunca foi tão alto para a Petrobras. "Infelizmente, devemos esperar e ver quais medidas concretas serão tomadas, se ocorrerem."
- VALE ON avançava 2,3%, conforme o preço do minério de ferro se recuperou em Cingapura, embora tenha permanecido sob pressão em Dalian, na China.
- WEG ON valorizava-se 4,7%, no segundo pregão entre as maiores altas do Ibovespa. Em relatório nesta semana o BTG Pactual recomendou compra dos papéis avaliando que, após uma queda relevante desde o começo do ano, o nível de preço oferecia ponto de entrada. Apesar da forte alta na véspera e nesta sessão, as ações ainda acumulam queda de cerca de 23% em 2022.
- EMBRAER ON subia 4,5%, após queda na véspera, e aproveitando o clima mais positivo para alguma recuperação conforme ainda acumula declínio ao redor de 7% no mês.
- MAGAZINE LUIZA ON perdia 2,7%, voltando para a ponta negativa do Ibovespa após o repique na véspera, quando fechou em alta de 8,4% depois de tocar mais cedo no dia uma mínima intradia desde fevereiro de 2018. No setor, VIA ON cedia 0,4%, mas AMERICANAS ON subia 3,3%. Em Nova York, MERCADO LIVRE avançava 4,8%.
- BRADESCO PN mostrava decréscimo de 0,2% e ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,7%, após altas expressivas na véspera.
(Por Paula Arend Laier, edição Alberto Alerigi Jr. e André Romani)
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