IBP vê melhora na oferta de diesel, mas alerta para pequeno déficit no fim do ano
(Reuters) - O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP) prevê um cenário melhor de oferta de diesel S-10 A (puro) no Brasil, mas com pequeno déficit no final do ano, segundo boletim divulgado nesta terça-feira.
Segundo o instituto, a oferta no Brasil --considerando-se produção e importação-- será superior à demanda neste mês de julho, em agosto e em outubro.
Já para os meses de setembro, novembro e dezembro, há uma estimativa de déficits de 82, 57 e 75 milhões de litros, respectivamente. Esses volumes, no entanto, podem ser supridos pelos estoques do país, segundo o IBP.
As previsões atuais para novembro e dezembro são bem melhores que as do boletim anterior, de 12 de julho, que estimava déficits de 261 e 243 milhões de litros de diesel S-10 no país.
Para setembro, no entanto, o déficit previsto era menor, de 69 milhões de litros.
Por outro lado, para outubro houve a reversão de um déficit de 99 milhões de litros para um superávit de 88 milhões de litros, em função do aumento da oferta pelo lado da importação.
O instituto destacou que, além dos importadores, as projeções de produção refletem "o esforço das refinarias para melhoria da oferta". Números divulgados nesta terça-feira pela reguladora ANP mostram que em junho a produção de diesel no Brasil cresceu 11,2%, tendo o S-10 avançado 20,4%.
"Vale ressaltar que este cenário representa a fotografia do momento atual. Variações na demanda, produção e importação efetivamente realizadas podem levar a resultados diferentes", disse o instituto, no boletim.
Considerando todo o ano de 2022, o IBP revisou o crescimento do volume de vendas de diesel B (considerando-se a soma do S-10 e do S500 e o biodiesel a eles adicionado) para baixo. Agora, prevê um aumento de 1,1% em relação a 2021 ante a um aumento de 1,3% previsto no boletim anterior.
Também recuou a estimativa em relação especificamente à demanda do S-10, de um crescimento de 12,4% em relação a 2021, previsto no boletim passado, para um avanço de 12,2%.
(Por Rafaella Barros)
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