Boeing surpreende com fluxo de caixa positivo, mas faz alerta sobre logística
Por Abhijith Ganapavaram e Rajesh Kumar Singh
BENGALURU, Índia (Reuters) - A Boeing surpreendeu Wall Street nesta quarta-feira ao gerar caixa com as operações no segundo trimestre e manteve meta de fluxo de caixa para o ano em um sinal de que a companhia está gradualmente superando problemas de produção.
A fabricante de aviões projetou um fluxo de caixa maior no segundo semestre e no próximo ano a partir de um aumento esperado nas entregas de jatos 737 e 787.
A empresa disse que as restrições da cadeia de suprimentos limitaram sua capacidade de aumentar a produção de jatos, apesar da demanda "significativa". Agora, espera entregar menos jatos 737 MAX este ano devido a problemas de fornecimento e atrasos nas entregas a clientes chineses.
O presidente-executivo, Dave Calhoun, disse que a Boeing está trabalhando com reguladores para certificações até o final deste ano da versão mais curta do 737 MAX, 7, e da mais longa, 737 MAX 10; e está em "estágios finais" de preparação para reiniciar as entregas do 787 Dreamliner.
PREOCUPAÇÕES DA CADEIA DE FORNECIMENTO
Embora a Boeing não tenha visto nenhum recuo na demanda por aeronaves, a companhia afirmou que gargalos de fornecimento determinarão a produção e as taxas de entrega dos jatos 737 e 787.
A Boeing disse que pretende estabilizar a taxa de produção do 737 em 31 unidades por mês e espera que as entregas do MAX este ano estejam mais próximas de 400 ante estimativa anterior de cerca de 500.
A Boeing teve prejuízo ajustado maior do que o esperado no segundo trimestre, de 0,37 dólar por ação, devido a encargos na unidade de produtos militares, espaço e segurança. O fluxo de caixa operacional foi de 81 milhões de dólares no trimestre.
No geral, a Boeing queimou 182 milhões de dólares em caixa no trimestre até junho, muito menos do que a saída de caixa de 3,6 bilhões de dólares no primeiro trimestre. Analistas esperavam uma queima de caixa de 1,2 bilhão, conforme dados da Refinitiv.
"Embora os resultados do segundo trimestre ainda estejam longe de serem perfeitos, este é o trimestre mais limpo da Boeing em um tempo", disse Robert Spingarn, analista da Melius Research.
O fluxo de caixa da Boeing tornou-se um ponto focal para os investidores, já que a fabricante de aviões fez grandes empréstimos para enfrentar sucessivas crises causadas pela proibição de voos do 737 MAX e pela pandemia. A dívida da empresa era de 57,2 bilhões de dólares em 30 de junho.
(Por Abhijith Ganapavaram e Rajesh Kumar Singh)
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