Eleitor não pode ser coagido, ameaçado e induzido, diz Moraes a 10 dias das eleições
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A dez dias do primeiro turno das eleições, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou que o eleitor não pode ser coagido, ameaçado e induzido ao destacar que qualquer ameaça será alvo de investigação.
O comentário de Moraes ocorreu ao final de uma sessão de julgamento de processos do TSE após a ministra Cármen Lúcia ter demonstrado preocupação com ameaças que artistas têm recebido por manifestarem publicamente preferências políticas.
O presidente do TSE disse que as "covardes milícias digitais" não contam mais com um anonimato tranquilo e seguro de anos atrás e listou uma série de ações que o Judiciário e a Justiça Eleitoral em especial adotaram para fazer frente a esse tipo de situação como encontros com chefes das polícias dos Estados e representantes do Ministério Público.
"Quero aqui reiterar e garantir --não só à classe artística--, mas a toda a sociedade brasileira, não só nesses dez dias que faltam para o primeiro turno das eleições, mas no dia das eleições teremos eleições tranquilas, seguras", disse.
"Exatamente para garantir a questão mais importante das eleições, a segurança do eleitor para poder escolher com absoluta liberdade os seus candidatos. Para que o eleitor não possa ser coagido, o eleitor não possa ser ameaçado, o eleitor não possa ser induzido", destacou.
Segundo Moraes, a ameaça ao eleitor ou a alguém da classe artística "será investigada e a Justiça Eleitoral fará com que os responsáveis respondam por esse ato".
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