Boeing sofre prejuízo de US$2,8 bi em negócios de defesa
A unidade de defesa da Boeing registrou nesta quarta-feira um prejuízo de 2,8 bilhões de dólares, mas a fabricante de aviões norte-americana manteve sua projeção de geração de caixa este ano, apesar das dificuldades para elevar a produção de jatos comerciais devido à escassez de mão de obra e suprimentos.
Custos excessivos na unidade de defesa, espaço e segurança da Boeing prejudicaram a recuperação da empresa, que tenta sair de crises sucessivas diante da crescente demanda por viagens aéreas.
"Nossa receita e resultados foram significativamente impactados por prejuízos em programas de desenvolvimento com preço fixo na unidade de defesa, impulsionados por custos estimados mais altos de fabricação e custos relacionados à cadeia de suprimentos", disse o presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, em mensagem aos funcionários.
As ações da Boeing subiam 1,2%, a 148,5 dólares cada, por volta de 11h (horário de Brasília), após recuarem nas negociações pré-mercado. Os principais índices norte-americanos não tinham direção única.
Do lado comercial, a Boeing entregou 86 jatos MAX no trimestre, ou cerca de 29 por mês, segundo dados da empresa. A fabricante precisa entregar cerca de 44 jatos por mês no quarto trimestre para cumprir sua meta de poucos mais de 400 neste ano.
O prejuízo ajustado por ação aumentou para 6,18 dólares, de 0,60 dólares um ano atrás. A receita do terceiro trimestre subiu 4%, para 15,96 bilhões de dólares.
A demanda no negócio de serviços globais, que fornece peças de reposição e serviços, como conversões de jatos, foi um ponto positivo no trimestre até setembro, com elevação de 5% na receita.
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