Setor manufatureiro dos EUA cai ao nível mais fraco em quase 3 anos em março, mostra ISM
WASHINGTON (Reuters) - A atividade manufatureira dos Estados Unidos caiu para o nível mais baixo em quase três anos em março, conforme novos pedidos continuaram a contrair, e o desempenho pode piorar ainda mais em meio ao aperto nas condições de crédito.
O Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) disse nesta segunda-feira que seu PMI de manufatura caiu para 46,3 no mês passado, a leitura mais baixa desde maio de 2020, contra 47,7 em fevereiro.
Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 47,5.
Foi o quinto mês consecutivo em que o PMI ficou abaixo da marca de 50, o que indica contração na indústria. Mas os chamados dados concretos sugerem que a manufatura, que responde por 11,3% da economia, continua crescendo moderadamente.
A manufatura expandiu a uma taxa anualizada de 4,5% no quarto trimestre, informou o governo norte-americano na semana passada. Relatórios do mês passado também mostraram leves ganhos nas encomendas de bens de capital, excluindo aeronaves, em fevereiro, assim como na produção manufatureira.
O aumento dos custos dos empréstimos, à medida que o Federal Reserve luta contra a inflação alta, esfriou a demanda por bens, que normalmente são comprados a crédito. A demanda pode ficar sob pressão após a recente falência de dois bancos regionais, que estressaram o setor financeiro.
Os bancos apertaram os requisitos para oferecer empréstimos, o que pode dificultar o acesso de pequenas empresas e famílias ao crédito.
De acordo com uma análise do Goldman Sachs, a manufatura pode ser duramente atingida por um declínio no crédito bancário, já que as empresas dependem de empréstimos para capital de giro ou para financiar gastos de capital. Mas o banco observou que a manufatura dependente do crédito bancário também "tende a ter firmas maiores que, tudo mais constante, terão mais facilidade em encontrar fontes alternativas de capital".
No mês passado, o Fed elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, mas indicou que está prestes a interromper aumentos nos custos de empréstimos por causa da turbulência nos mercados financeiros. O banco central dos EUA aumentou sua taxa básica de juros em 4,75 pontos percentuais desde março passado, de nível próximo de zero para a faixa atual de 4,75% a 5,00%.
(Por Lucia Mutikani)
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