Custos e provisões da AmEx reduzem lucro, apesar de alta no uso do cartão de crédito
Por Siddarth S e Niket Nishant
(Reuters) - O lucro da American Express ficou abaixo das estimativas de Wall Street nesta quinta-feira, apesar dos gastos mais altos de seus clientes, já que a gigante dos cartões de crédito reteve uma grande quantia para cobrir possíveis inadimplências e gastou mais em promoções.
As ações da empresa chegaram a cair 7%, a uma mínima de quase três meses de 154,01 dólares, já que as despesas subiram 22%, para 11,1 bilhões de dólares no primeiro trimestre, acima das expectativas de 10,4 bilhões de dólares.
"Embora a provisão elevada não seja uma surpresa, o aquém nas despesas é provavelmente a força motriz por trás da queda das ações", escreveram analistas do UBS em nota a clientes.
A AmEx elevou suas provisões para 1,1 bilhão de dólares, em comparação com os 33 milhões de dólares há um ano, antecipando que mais portadores de cartões atrasarão o pagamento de suas dívidas.
A inflação persistente e o rápido aumento nos custos dos empréstimos começaram a atingir os clientes da AmEx, que até agora estavam em uma posição melhor do que seus pares devido a uma base de clientes com maior poder aquisitivo.
"Estamos atentos aos sinais mistos no ambiente externo", disse o presidente-executivo, Stephen Squeri.
O lucro caiu 13%, para 1,8 bilhão de dólares, ou 2,40 dólares por ação, nos três meses encerrados em 31 de março, abaixo da estimativa média dos analistas de 2,66 dólares, segundo dados da Refinitiv.
A empresa, no entanto, reafirmou sua previsão de lucro para 2023, já que os gastos dos clientes com viagens e entretenimento aumentaram 39%.
A AmEx espera ganhar de 11 a 11,40 dólares por ação, em comparação com a estimativa dos analistas de 11,10 dólares.
"Nossos clientes estão mostrando resiliência mesmo neste ambiente incerto em que todos estamos operando", disse o chefe financeiro Jeff Campbell à Reuters, acrescentando que ainda não viu sinais de recessão.
A receita total, excluindo despesas com juros, aumentou 22% para 14,3 bilhões de dólares no primeiro trimestre.
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