Tebet vê alta de até 2,3% no PIB de 2023 sem efeito negativo na inflação
Por Bernardo Caram
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil crescerá mais que 2% em 2023 mesmo que nada aconteça, disse nesta quinta-feira a ministra do Planejamento, Simone Tebet, avaliando que a atividade se aqueceu sem impacto negativo na inflação, o que permite uma redução dos juros no país.
Após o IBGE divulgar uma alta de 1,9% no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre ante os três meses anteriores, dado que surpreendeu positivamente, Tebet afirmou que a atividade econômica poderá crescer até 2,3% neste ano -- a atual projeção do governo é de expansão de 1,9%.
"A inflação está caindo, então não temos um aquecimento da economia que esteja gerando aumento da inflação", disse em conversa com jornalistas.
"Mesmo com economia um pouco mais aquecida, não é isso que iria impactar a inflação. Consequentemente, não haveria razão para não começar, ainda que de modo muito gradual, a diminuir os juros no Brasil", acrescentou.
Tebet afirmou ainda que a tramitação da proposta de arcabouço fiscal do governo, que está no Senado, deve atrasar um pouco. Ela previu que o texto será aprovado em duas ou três semanas, "o que não é problema".
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